O QUE SE SABE SOBRE A TRAGÉDIA DE BRUMADINHO

Imagens aéreas mostram situação na região de Brumadinho (MG)

Imagens aéreas mostram situação na região de Brumadinho (MG)

Arte - rompimento de barragem da Vale em Brumadinho — Foto: Igor Estrella/G1

rompimento de uma barragem da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), na última sexta-feira dia 25/01/2019 deixou um rastro de lama que deixou pessoas desaparecidas e destruiu casas na região.

Veja o que se sabe até agora sobre como foi rompimento das barragens:

  • O rompimento ocorreu no início da tarde na Mina do Feijão, da Vale, em Brumadinho;
  • A Vale informou sobre o acidente à Secretaria do Estado de Meio-Ambiente às 13h37;
  • Um mar de lama com rejeitos destruiu casas ao redor e a área adminstrativa da Vale;
  • O volume de rejeitos vazados foi menor do que a tragédia de Mariana. Segundo o presidente da Vale, vazaram 12 milhões de metros cúbicos. Em Mariana, há 3 anos, foram 43,7 milhões de metros cúbicos;
  • Ao menos seis prefeituras emitiram alerta para que população se mantenha longe do leito do Rio Paraopeba, pois o nível pode subir. Às 15h50 de sexta, os rejeitos atingiram o rio;
  • Por precaução, o Instituto Inhotim retirou funcionários e visitantes do local;
  • Até a manhã do domingo (27) havia 37 mortes confirmadas. A Vale divulgou uma lista com mais de 287 nomes de funcionários e moradores locais com os quais não se conseguiu contato;
  • 192 pessoas foram resgatadas com vida;
  • A Vale já teve três bloqueios de recursos, de R$ 1 bilhão, R$ 5 bilhões e R$ 5 bilhões (veja) e recebeu multas no total de R$ 350 milhões;
  • As Polícias Federal e Civil abriram inquéritos sobre o rompimento (veja);
  • A Vale informou que o rompimento ocorreu na barragem 1 da Mina Feijão – que causou o transbordamento de outra barragem, segundo o presidente da empresa, Fábio Schvartsman;
  • O Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, informou que foram 3 barragens rompidas;
  • No domingo (27), a mineradora alertou para risco de rompimento da barragem 6. Uma sirene foi acionada em Brumadinho por volta das 5h30, e moradores de partes baixas da cidade começaram a deixar as suas casas em direção a partes mais altas.
  • Inicialmente, 24 mil moradores foram evacuados por conta do risco de rompimento da barragem 6. Depois, o número foi reduzido para 3 mil.

Imagem de arquivo mostra localização das barragens da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG) — Foto: ReproduçãoImagem de arquivo mostra localização das barragens da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG) — Foto: Reprodução

Imagem de arquivo mostra localização das barragens da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG) — Foto: Reprodução

  • A estrutura da barragem 1, utilizada para disposição de rejeitos, foi construída em 1976 e tem volume de 12 milhões de metros cúbicos;
Barragem I – Mina Córrego do Feijão — Foto: Reprodução

Barragem I – Mina Córrego do Feijão — Foto: Reprodução

  • Já a barragem 6 é usada para recirculação de água e contenção de rejeitos em eventos de emergência. Foi construída em 1998, e tem cerca de 1 milhão de metros cúbicos ;
Barragem VI - Mina Córrego do Feijão — Foto: Reprodução

Barragem VI – Mina Córrego do Feijão — Foto: Reprodução

Com o rompimento da barragem 1  a barragem 6 transbordou e também corre risco de estourar. A Vale monitora a situação da estrutura e emitiu alerta para que moradores da região deixem suas casas preventivamente na madrugada de domingo (27).

Barragem 6 do complexo da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho, depois do acidente — Foto: Reprodução/TV Globo

Barragem 6 do complexo da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho, depois do acidente — Foto: Reprodução/TV Globo

  • A Barragem Menezes II, também na região, tem um volume de aproximadamente 290 mil metros cúbidos e é utilizada para a contenção de sedimentos e clarificação do efluente final;
Barragem Menezes II - Mina Córrego do Feijão — Foto: Reprodução

Barragem Menezes II – Mina Córrego do Feijão — Foto: Reprodução

  • Quase todas as barragens da Vale no Córrego do Feijão eram consideradas de baixo risco, mas de dano potencial alto. A informação é do Cadastro Nacional de Barragens da Agência Nacional de Mineração;
  • Schvartsman disse à Globonews que o vazamento foi de rejeitos de minério de ferro;
  • O governo federal constituiu um gabinete de crise para acompanhamento do incidente.

Esperamos que os responsáveis sejam de fato punidos para que tragédias como essa não mais aconteçam. Mas como os reponsáveis pela tragédia de Mariana não foram devidamente punidos a população brasileira não acredita mais na justiça contra os poderosos.

Fonte: G1.

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