Moça é assassinada após oferecer carona em grupo

Kelly Cadamuro, radiologista, de 22 anos, foi encontrada morta após dar carona através de um grupo de carona no Whatsapp. Kelly estava desaparecida desde a noite de quarta-feira (1/11/2017), mas seu carro foi encontrado pela polícia em estrada rural entre Rio Preto e Mirassol. O corpo da vítima foi encontrado em um córrego entre as cidades de Frutal e Itapagipe, no Triângulo Mineiro, na quinta-feira (02/11/2017).

Polícia encontrou carro da jovem em estrada rural entre Rio Preto e Mirassol (SP). Ela desapareceu após dar carona para desconhecido (Foto: Cássio Nigro/TV TEM)

Polícia encontrou carro da jovem em estrada rural entre Rio Preto e Mirassol (SP). Ela desapareceu após dar carona para desconhecido (Foto: Cássio Nigro/TV TEM)

Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, que inicialmente levaria um casal no percurso entre São Paulo e Minas Gerais, relatou por mensagem enviada pelo aplicativo de bate-papo que apenas o rapaz decidiu viajar. No dia seguinte após o desaparecimento, o corpo foi encontrado e rês suspeitos da morte presos, entre eles o que estava de carona. Segundo a Polícia Militar, um dos homens confessou ter entrado no grupo de carona com a intenção de assaltar a vítima.

O namorado da radiologista, o engenheiro civil Marcos Antônio da Silva, de 28 anos, chegou a demonstrar preocupação com a viagem: “Cuidado”, escreveu horas antes do desaparecimento.

Em últimas conversas por WhatsApp com o namorado, Kelly disse que estava abastecendo veículo (Foto: Marcos Antônio da Silva/Reprodução/Arquivo pessoal)

Em últimas conversas por WhatsApp com o namorado, Kelly disse que estava abastecendo veículo (Foto: Marcos Antônio da Silva/Reprodução/Arquivo pessoal)

Segundo Marcos Antônio da Silva, o namorado,  Kelly saiu de São José de Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe na quarta-feira 01/11/2017. Ela passaria o feriado prolongado com a família do namorado.

Marcos relatou que, durante as últimas trocas de mensagens entre o casal por WhatsApp, na noite de quarta, a jovem escreveu, por volta de 18h35, que estava iniciando a viagem e que uma menina havia desistido da carona. Já às 19h23, ela voltou a enviar notícias, comunicando que estava abastecendo o veículo. A última vez que Kelly acessou o aplicativo foi às 19h24.

“Ela era acostumada a viajar e compartilhar carona e, geralmente, me mandava foto de quem era a pessoa que iria acompanhá-la. Dessa vez, como foi uma moça que ligou para ela combinando por telefone, não tinha imagens. Na ligação, ela me contou que iria esta moça e o namorado dela, mas, na hora de embarcar, só o rapaz apareceu. Eu sempre ficava preocupado com ela e mandei mensagem pedindo para ela tomar cuidado. Às 20h23, voltei a procurá-la e ela não apareceu mais”, contou o engenheiro civil.

Kelly e namorado Marcos namoravam há cerca de dois anos (Foto: Macos Antônio da Silva/Reprodução/Facebook)

Kelly e namorado Marcos namoravam há cerca de dois anos (Foto: Macos Antônio da Silva/Reprodução/Facebook)

O corpo da radiologista, que trabalhava como atendente em uma loja de conserto de óculos em São José do Rio Preto, foi encontrado em um córrego entre as cidades de Frutal e Itapagipe, no Triângulo Mineiro, na tarde desta quinta (2). Segundo a Polícia Militar (PM), ela estava seminua e com a cabeça mergulhada na água. A declaração de óbito aponta que ela foi vítima de asfixia e estrangulamento.

Kelly era de Guapiaçu (SP) e ofereceu carona em um grupo pelo WhatsApp. A vítima pegou o suspeito em São José do Rio Preto e eles seguiram para a cidade mineira. A princípio, uma mulher também iria na mesma carona, mas apenas o suspeito apareceu.

No celular da irmã, tem a última conversa que Kelly com ela. A vítima manda uma resposta quase 19h30. Pouco depois das 21h a irmã pergunta se ela já chegou e já não teve retorno.

Segundo o tenente da Polícia Militar Vergílio Taparo Júnior, o suspeito Jonathan Pereira do Prado foi detido no bairro Santo Antônio e confessou ser o autor do crime. Ele relatou aos policiais que entrou nos grupos de carona já com intuito de praticar um roubo.

“Após o crime, levantamos um máximo de informação possível e chegamos a este suspeito, morador do bairro Santo Antônio, que era foragido da justiça e conhecido nos meios policiais. Fomos até a casa dele e logo que ele avistou os policiais, não esboçou reação, admitindo o crime. Ele também afirmou que entrou nos grupos de caronas compartilhadas apenas para praticar o crime, mas não deu detalhes sobre de como ele chegou até a vítima” disse.

Após ser detido, Jonathan apontou os outros suspeitos e teria dito que teve ajuda de um outro criminoso que estaria no local da morte da jovem. “Depois de confessar sua participação, ele (Jonathan) indicou outros indivíduos que tinham participação. Inclusive relatou que pegou carona com a vítima sozinho, mas no local onde ela foi morta tinha outro indivíduo que teria ajudado a consumar o fato” conta o tenente Taparo.

Jonathan foi beneficiado pela saidinha de Pascoa, mesmo sendo indiciado em mais de oito crimes. Ele saiu e nunca mais voltou e agora assassinou a jovem.

 

Share Button
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...