Família de novo ministro do Meio Ambiente disputa posse em terra indígena em SP

Joaquim Álvaro Pereira Leite e Jair Bolsonaro

O novo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, e o presidente Jair Bolsonaro,ja desgastado troca seis por meia dúzia,sai sales e entra seu subordinado  Joaquim Alvaro  pereira leite.

Nomeado ministro do Meio Ambiente nesta quarta-feira (23/6) no lugar de Ricardo Salles, Joaquim Álvaro Pereira Leite integra uma família tradicional de fazendeiros de café de São Paulo que pleiteia um pedaço da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo.

Segundo um documento da Funai (Fundação Nacional do Índio), capatazes a serviço da família chegaram a destruir a casa de uma família indígena ao tentar expulsá-la do território reclamado.

A terra indígena fica nos municípios de São Paulo e Osasco e é a menor do país, com 532 hectares.

Nela moram 534 indígenas dos povos Guarani Mbya e Ñandeva, segundo a Comissão Pró-Índio de São Paulo.

No relatório de identificação da terra indígena, publicado pela Funai em 2013, o antropólogo Spensy Pimentel diz que a família Pereira Leite cobrou várias vezes a paralisação da demarcação do território.

Segundo o relatório, em 1986, Joaquim Álvaro Pereira Leite Neto (pai do novo ministro) “exigiu que a Funai retirasse os marcos físicos do processo demarcatório da área indígena Jaraguá, alegando ser o proprietário da área, acusando agressivamente a Funai de estar praticando um crime”.

O relatório prossegue: “Tal agressividade, no entanto, extrapolou para além das missivas, e passaram então esses cidadãos a fazer ameaças aos índios, a intimidá-los com capatazes, e mesmo destruindo uma de suas casas”.

Segundo o documento, como a Funai não paralisou a demarcação, a família começou a ameaçar os indígenas diretamente.

  • João Fellet
  • Da BBC News Brasil em São Paulo
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