Em Araçatuba, câmara parece se empenhar para acabar com os cofres públicos

Enquanto o salário mínimo do brasileiro é de R$ 724,00 a Câmara Municipal de Araçatuba tem a pachorra de votar nesta quarta-feira (17/12) em sessão extraordinária (que faz com que os vereadores ganhem hora extra!) o reajuste do salário do prefeito Cido Sério (PT) para o próximo ano, que poderá ser maior que o subsídio de governador do Estado de São Paulo. Segundo o projeto de lei de autoria da mesa diretora, os vencimentos do petista passarão dos atuais R$ 19,5 mil para R$ 20.779,20, caso a proposta seja aprovada pelo plenário. O reajuste previsto é de 6%.

O subsídio de Geraldo Alckmin (PSDB), vigente desde janeiro do ano passado, é de R$ 20.662,00 – 0,56% menor que o proposto para Cido.

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O salário de Cido já é maior que o do prefeito de São José do Rio Preto, Valdomiro Lopes (PSB), cujos vencimentos são de R$ 14.356,64, conforme o portal da transparência da administração municipal daquela cidade, que tem população estimada em 438.354 habitantes neste ano, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). A diferença entre os valores é de 44,73%.

Já o salário do vice-prefeito Carlos Hernandes (PMDB), caso a proposta seja aprovada, chegará aos R$ 7.334,86. O projeto de lei ainda fixa em R$ 10.388,00 os subsídios dos secretários, chefe de gabinete e procurador-geral do município.

Também volta à Câmara a proposta que revisa os subsídios dos vereadores e as remunerações dos servidores do Legislativo em 5,97%. A porcentagem é correspondente ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acumulado entre dezembro de 2013 e outubro deste ano. A proposta havia sido retirada da pauta do último dia 8 para ajustes no texto.

Se a proposta for aprovada, os vereadores passam a receber R$ 7.288,00.

Militantes de esquerda discordam completamente do rumo que a prefeitura de Araçatuba está tomando: “essa gestão não representa a esquerda, pois tem os mesmos interesses que a direita: tratar o público como privado.” Nos disse o engenheiro R. C. de 31 anos, que disse que votou em Cido no primeiro mandato com esperança de mudança. 

A população está revoltada, a cidade está toda esburacada, faltam áreas verdes e mais do que isso, grande parte da arrecadação vai direto para o bolso do prefeito e vereadores e deixará de ser investida em melhorias para o município.

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