Desembargadores ganham mais de 200 mil enquanto a maior parte da população ganha menos de R$2.000,00

Enquanto a maior parte dos brasileiros se vira com menos de R$ 2000,00 e o salário mínimo não chega a mil reais, o magistrado nacional tem salários nórdicos. Analisando a soma da remuneração dos magistrados com as vantagens pessoais – que, segundo o Supremo, deve respeitar o teto, foram encontrados salários como o de um juiz, que chegou a R$ 36.545 em outubro de 2015. Os salários brutos, considerando indenizações e vantagens eventuais, foram de R$ 111.290 para o juiz e R$ 128.490 para o desembargador.

Para a diretora-executiva da ONG Transparência Brasil, os supersalários só deixarão de existir quando os três Poderes deixarem de lado os interesses pessoais e assumirem um compromisso com a sociedade.

Para se ter uma ideia, em relação PIB (Produto Interno Bruto) o custo do Poder Judiciário no Brasil consome 10 vezes mais recursos do que países como Espanha, Argentina e Estados Unidos.  O juiz no Brasil chega a receber 10 vezes mais em relação aos dos Estados Unidos, França e Portugal. Lembrando que não temos a mesma qualidade de vida dos europeus.

A ditadura militar no Brasil operou, grosso modo, com essa arquitetura institucional do Poder Judiciário que está aí, tanto que a LOMAN [Lei Orgânica da Magistratura Nacional]  é de 1979. O Judiciário foi em grande medida conivente com a ditadura e a ditadura foi conivente com abusos dentro do Poder Judiciário, permitindo remunerações enormes, nepotismo, sistemas de loteamento de cargos e um conjunto de práticas que herdamos e que estamos tentando resolver até hoje.

Enquanto isso o governo está cortando os poucos benefícios da maioria dos trabalhadores.

 

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