Cleudson é internado na UTI na Santa Casa de Birigui

Cleudson foi internado na UTI da Santa Casa de Birigui na noite de quinta-feira (Foto: Reprodução/Arquivo)

O médico anestesista Cleudson Garcia Montali, condenado a mais de 200 anos de prisão em primeira instância em processos na Justiça de Birigui e Penápolis, referentes à Operação Raio-X, está internado na Santa Casa de Birigui, hospital ele que teria usado para fraudar contratos para desvio de dinheiro público da área da Saúde.

A informação sobre a internação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital no final da manhã desta sexta-feira (26). A reportagem tomou conhecimento na noite de quinta-feira (25) que o médico havia passado por atendimento no pronto-socorro municipal e na manhã desta sexta-feira procurou a Prefeitura para pedir informações.

Por enquanto não há informações oficiais sobre o atendimento prestado a Cleudson no pronto-socorro. Com relação à Santa Casa, a única informação disponibilizada é de que ele está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde teria dado entrada ainda na noite de quinta-feira.

Fonte ouvida pela reportagem informou que o médico anestesista teria dado entrada no pronto-socorro na quinta-feira, alegando dores no peito. Ele teria feito um eletrocardiograma, exame para detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. Por enquanto não há informações sobre o resultado desse exame e porque Cleudson teria sido internado na UTI.

Cleudson está em prisão domiciliar autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, em dezembro de 2022. O benefício é do tipo humanitário, baseada em laudo médico apresentado após atendimento de emergência em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) de Lavínia, cidade onde fica a penitenciária onde ele cumpria pena no regime fechado.

Na decisão, o ministro citou que havia diversos laudos médicos apresentados no pedido de habeas corpus e nos outros pedidos da defesa apresentados no STF e no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), um deles declarando que o paciente “está fraco, desnutrido e apresenta piora do estado geral”.

Na ocasião, a defesa do médico anestesista alegou que apesar de fazer tratamento com medicação contra depressão, o quadro clínico dele estaria evoluindo, com tendência a suicídio. O laudo cita ainda histórico de cirurgia bariátrica realizada em 2017 e significativa perda de peso.

Ao conceder o benefício a Cleudson, Gilmar Mendes determinou o uso de tornozeleira eletrônica e o proibiu de manter contato pessoal, telefônico ou por meio eletrônico ou virtual com eventuais vítimas, testemunhas ou corréus do processo, além de usar o monitoramento eletrônico.

E justamente a OSS da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Birigui era uma das entidades utilizadas por Cleuson para elaborar projetos que eram assinados com vários municípios para gestão de unidades de Saúde. As condenações que ele teve foram relacionadas a irregularidades por esses contratos com a Prefeitura de Birigui e a Prefeitura de Penápolis.

O médico foi preso pela primeira vez em setembro de 2020 pela Polícia Civil de Araçatuba, durante a Operação Raio-X, que investigou denúncia de fraudes para desvio de dinheiro público da área da Saúde por meio de OSSs (Organizações Social de Saúde).

No ano seguinte à prisão preventiva, Cleudson ganhou o direito à prisão domiciliar também concedida por Gilmar Mendes, mas o benefício foi revogado após o STF ser comunicado sobre cumprimento de mandado judicial realizado pela Polícia Civil de Araçatuba, por suspeita de que o laudo médico apresentado na época teria sido falsificado.:hoje mais

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