A terra indígena fica nos municípios de São Paulo e Osasco e é a menor do país, com 532 hectares.
Nela moram 534 indígenas dos povos Guarani Mbya e Ñandeva, segundo a Comissão Pró-Índio de São Paulo.
No relatório de identificação da terra indígena, publicado pela Funai em 2013, o antropólogo Spensy Pimentel diz que a família Pereira Leite cobrou várias vezes a paralisação da demarcação do território.
Segundo o relatório, em 1986, Joaquim Álvaro Pereira Leite Neto (pai do novo ministro) “exigiu que a Funai retirasse os marcos físicos do processo demarcatório da área indígena Jaraguá, alegando ser o proprietário da área, acusando agressivamente a Funai de estar praticando um crime”.
O relatório prossegue: “Tal agressividade, no entanto, extrapolou para além das missivas, e passaram então esses cidadãos a fazer ameaças aos índios, a intimidá-los com capatazes, e mesmo destruindo uma de suas casas”.
Segundo o documento, como a Funai não paralisou a demarcação, a família começou a ameaçar os indígenas diretamente.
- João Fellet
- Da BBC News Brasil em São Paulo