A Polícia Civil indiciou o homem que se diz médium, João de Deus pelo crime de violação sexual mediante fraude cometida contra uma mulher que buscou atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal. Ele nega os crimes.
A defesa do médium entrou com pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito concluído se trata, até a tarde do dia 20/12/2018, do relato mais recente de abuso sexual contra João de Deus que utilizava da fama que construiu se dizendo médium para manipular e estuprar mulheres, segundo testemunhas. Conforme a vítima, de 39 anos, o crime aconteceu em 24 de outubro deste ano.
Na denúncia, a mulher afirma que, quando notou o pênis de João de Deus para fora da calça, disse ao médium que tinha reparado o membro exposto. Em seguida, ele interrompeu a sessão. Ainda conforme a vítima, o homem que utilizava de sua influência como figura pública pediu a ela que não contasse sobre o atendimento.
Caso seja condenado, João de Deus pode pegar de 2 a 6 anos de prisão.Esse é o primeiro inquérito da Polícia Civil de Goiás contra João de Deus e pode ser o único. De acordo com a corporação, os demais casos registrados são antigos e podem ter prescrito.
O médium teve a prisão decretada na sexta-feira (14/12/2018) a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO). Dois dias depois, ele se entregou aos policiais em uma estrada de terra em Abadiânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal onde ele atendia.
Situação atual:
– João de Deus é investigado por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude;
– Ministério Público recebeu 506 relatos de abusos sexuais;
– Polícia Civil colheu depoimentos de outras 15 mulheres e aguarda ouvir mais uma. Um dos casos já resultou em inquérito;
– Há relatos de supostas vítimas de seis países e vários estados brasileiros;
– MP e polícia também querem apurar denúncia de lavagem de dinheiro;
– Não há pedido para suspensão do funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola.
Fonte: G1.