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Brasil estreia contra a Suíça na Copa 2018

Brasil x Suíça: onde asssistir ao jogo pela Copa do Mundo

Brasil x Suíça se enfrentam neste domingo, às 15h (horário de Brasília), na Rostov Arena, em Rostov-on-Don, pela primeira rodada do Grupo E da Copa do Mundo Rússia 2018. A partida será transmitida por FOX Sports (tv fechada), SporTV (tv fechada) e Rede Globo (tv aberta).

O técnico Tite definiu o time titular após o treinamento da última quinta-feira. Ele repetirá a formação que enfrentou a Áustria, no último amistoso preparativo para o Mundial. Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Coutinho; Willian, Neymar  e Gabriel Jesus. Fred, volante que sofreu lesão após entrada de Casemiro em treino da semana passada, ainda se reabilita separado dos colegas e não foi relacionado para o confronto. Fágner, Renato Augusto e Douglas Costa, que apresentaram problemas físicos durante a preparação, estão recuperados e ficam no banco de reservas.

 

 

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Brasil, Bolívia e Paraguai se unem para salvar o Pantanal


Um compromisso pela conservação, desenvolvimento integral e sustentável do bioma Pantanal foi firmado por representantes dos ministérios do Meio Ambiente do Brasil, Paraguai e Bolívia.

Os três países se tornaram signatários de um documento no qual se comprometem a implementar ações conjuntas com foco na segurança hídrica, na conservação e no desenvolvimento social, econômico e sustentável da área.

Com cerca de 175.000 quilômetros quadrados, o Pantanal atravessa os três países e abriga mais de 4 mil espécies de animais e plantas.

Além da flora e da fauna, 10 milhões de pessoas dependem dos serviços ecossistêmicos do Bioma.

Apesar da sua importância, mais de 55% da área já foram desmatadas e o Pantanal enfrenta outras graves ameaças como falta de saneamento básico, baixa adoção de boas práticas agropecuárias e construção de hidrovias.

Brasil, Bolívia e Paraguai deverão trabalhar de forma integrada para a redução e o controle da poluição, fortalecimento da governança da água com vistas a conservação dos ecossistemas e sua conectividade.

Os países também se responsabilizaram em adotar medidas que fortaleçam sistemas produtivos para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e a ampliação do conhecimento científico para o Pantanal.

É importante ressaltar que apenas 4,6% do Pantanal encontram-se protegidos por unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

Tomara que de fato passem a preservar de maneira mais atuante o Pantanal.

Fonte: Só Notícia Boa.

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Jovens que não estudam nem trabalham: escolha ou falta de opções?

Jovem brasileira grávida.
Jovem brasileira grávida. MARCELLO CASAL JR./ABR.

Entrevistador: Se tu pudesse escolher, como seria a tua vida daqui a dez anos?

Entrevistada: Acho que a mesma. (Risos)

Entrevistador: Em relação a trabalho, o que que tu pensa? Tu queria tá trabalhando, não queria ou não importa?

Entrevistada: Não, tá bom mermo do jeito que eu tô.

Entrevistador: E tu pensa em voltar a estudar?

Entrevistada: Não.

No Brasil, 11 milhões de jovens, quase um quarto da população entre 15 e 29 anos, não trabalham ou estudam. Em um país cuja força de trabalho está ficando mais velha e começará a diminuir em 2035, um diálogo como esse soa preocupante.

Para jogar luz sobre os jovens que não estudam nem trabalham, pesquisadores do Banco Mundial fizeram 77 entrevistas qualitativas (como a acima) com jovens pernambucanos de 18 a 25 anos, moradores tanto de zonas urbanas quanto das rurais.

O resultado é o estudo “Se já é difícil, imagina para mim…” lançado nesta semana, no Rio de Janeiro. Segundo a autora, Miriam Müller, é preciso desconstruir o termo “nem-nem”, que não reflete as muitas diferenças entre esses jovens e joga sobre eles um enorme estigma.

“A culpa não é dos jovens. O estudo mostra que algumas condições relacionadas à pobreza e ao gênero produzem um conjunto de barreiras difíceis de superar. Essas limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se veem afetadas na capacidade de imaginar seus futuros, perseverar e ter resiliência”, avalia a cientista social alemã.

O fenômeno dos jovens fora da escola e do mercado de trabalho não é exclusividade brasileira: o documento lembra que ele persiste na América Latina e no Caribe, com consequências desafiadoras.

Trabalhos anteriores feitos na região sugerem, por exemplo, que o problema pode ameaçar a produtividade e o crescimento econômico a longo prazo. Além disso, como 66% dos nem-nens latino-americanos e caribenhos são mulheres, o tema também pode contribuir para uma transmissão intergeracional da desigualdade de gênero.

Os jovens brasileiros considerados “nem-nens” ou “desengajados” têm diversas razões para estar assim. A primeira delas é o que as autoras chamam de barreiras à motivação interna, ou seja, falta de aspiração ou predisposição para voltar aos estudos ou ao trabalho. Nesse perfil, encontram-se principalmente as mulheres casadas e com filhos pequenos, vivendo sob normas sociais que reforçam seu papel de cuidadoras e restringem suas oportunidades econômicas.

No segundo grupo, estão aqueles que expressaram motivação para voltar a trabalhar ou estudar, mas não tomaram uma providência porque lhes faltam as ferramentas necessárias para realizar essa aspiração. Embora muitos dos entrevistados tenham se inscrito no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou enviado currículos, não deram continuidade a esses esforços.

Por último, o estudo conta a história de jovens que, embora tenham se esforçado para estudar ou trabalhar, desistiram por causa de barreiras externas. Entre elas, os desafios de conciliar emprego e sala de aula, poucos recursos financeiros ou qualificação, falta de transporte público seguro para se locomover entre uma atividade e outra, e a crise no país.  As que já são mães ainda relataram a discriminação que sofreram por parte de potenciais empregadores.

Depois de ouvir esses jovens, suas frustrações e necessidades, as pesquisadoras fizeram uma série de recomendações de políticas públicas para fortalecer a capacidade dos jovens de aspirarem a objetivos, criar e levar adiante seus projetos de vida.

Segundo as autoras, provavelmente é insuficiente aumentar a oferta de cursos técnicos com o objetivo de viabilizar a participação dos jovens no mercado de trabalho se isso não estiver associado a intervenções que:

  • Facilitem o acesso a informações sobre oportunidades e como elas podem concretamente mudar suas vidas;
  • Incutam um sentimento de pertencimento e preparação entre os jovens que sentem que as oportunidades disponíveis não são para eles;
  • Ofereçam programas de apoio ou de mentoria para ajudar esses jovens a lidar com as dificuldades associadas ao cumprimento de objetivos.

A promoção das aspirações relacionadas a trabalho e educação, principalmente entre as mulheres, é uma importante porta de entrada para programas e políticas públicas, acrescenta o relatório: “Muitas das mulheres entrevistadas não conseguem imaginar uma vida em que seu papel não seja somente o de uma cuidadora.”

Finalmente, o documento propõe intervenções específicas para as áreas rurais, onde a divisão do trabalho ainda se baseia muito no gênero. No campo, ainda é preciso conscientizar sobre possibilidades de trabalho além da agricultura e conectar os jovens a oportunidades, garantindo mobilidade a preços acessíveis entre a zona rural e os centros urbanos.

Tudo isso pode fazer a diferença para os futuros integrantes da força de trabalho do país, donos de um potencial que o país não pode mais desperdiçar.

Fonte: El País.

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