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Equipamento foi levado de volta para o pronto-socorro, mas não está funcionando; gestora diz que manutenção é inviável e que atualmente está pagando de R$ 29,00 a 35,00 por exame, dependendo do quantitativo de procedimentos realizados no mês
Representantes do Conselho Municipal de Saúde de Birigui (SP) e da BHCL (Beneficência Hospitalar de Cesário Lange) têm um encontro marcado para as 8h desta segunda-feira (18), para tratar do tomógrafo do pronto-socorro municipal.
O equipamento, que pertence ao Consórcio de Saúde da microrregião, em maio foi retirado e levado para o prédio do antigo Centro Médico, que está desativado. Após representação apresentada ao Ministério Público, a Prefeitura respondeu que no início deste mês o aparelho foi devolvido, porém, ele segue desativado.
Na semana passada a reportagem recebeu fotos e um vídeo do que seria o transporte do tomógrafo e também dele já dentro de uma sala no pronto-socorro municipal, embalado. A substituição do por outro foi feita com base em laudo solicitado pela BHCL, que é gestora do pronto-socorro, o qual aponta que o aparelho apresenta problemas.
Na semana passada a reportagem questionou a Prefeitura se seria feita a devida manutenção para a reativação do tomógrafo. Em resposta, o município informou que a Secretaria Municipal de Saúde prestou os devidos esclarecimentos ao MP e aguarda manifestação do DRS-2 (Departamento Regional de Saúde). “No momento, a BHCL segue realizando as tomografias no aparelho tomógrafo instalado no pronto-socorro, conforme a entidade informou a esta reportagem”, cita a nota.
A BHCL foi procurada novamente e reforçou que deve entrar com uma ação declaratória para manter a utilização do tomógrafo que foi instalado no pronto-socorro, que é terceirizado. Entretanto, a entidade informou que só ingressará com essa ação após a reunião desta segunda-feira, que tem justamente o objetivo de comprovar que a substituição do tomógrafo não elevou o custo para o município, segundo a BHCL.
Ainda de acordo com o que foi informado, o tomógrafo que havia sido levado para o Centro Médico até tem condições de passar por manutenção. Entretanto, a entidade argumenta que ele é obsoleto, o custo para a troca da peça que está com problema é elevado, e que também deve ser acrescido o valor do frete e da mão-de-obra.
Por fim, conforme laudo apresentado à Prefeitura, o equipamento apresenta superaquecimento, sendo necessário haver um intervalo de 30 a 40 minutos entre as realizações de exames, o que comprovaria a necessidade de substituição.
Outro argumento da BHCL para a substituição do tomógrafo é que ele não atenderia a demanda prevista em contrato. Segundo o que foi informado, o que está sendo utilizado atualmente tem capacidade para realização de 1.200 procedimentos por mês.
“É um aparelho de 16 canais, de última geração, que pode atender pacientes com até 200 quilos, além de oferecer qualidade de imagem, resolução e diagnóstico muito melhores”, cita a gestora do pronto-socorro.
A BHCL informa que o último balanço feito é do período de 3 de junho a 29 de junho, quando teriam sido feitas 926 tomografias. Ainda de acordo com a entidade, o contrato prevê o pagamento de R$ 29,00 a 35,00
Levando-se em conta o menor valor, foram pagos aproximadamente R$ 27 mil pelos exames realizados no período, média de R$ 1 mil por dia.
Por fim, a BHCL informa que uma empresa especializada foi contratada para fazer a desmontagem do tomógrafo do pronto-socorro, procedimento que foi feito de forma correta, estando todas as peças devidamente identificadas e guardadas no pronto-socorro.