A Justiça de Birigui condenou a 36 anos de prisão, em regime fechado, um homem de 33 anos, acusado de abusar sexualmente de suas duas filhas. A sentença foi proferida no último dia 17, pelo juiz José Daniel Dinis Gonçalves. Os crimes ocorreram entre o período de 2 de dezembro de 2009 e 1º de dezembro de 2013, época em que as vítimas haviam completado 14 e 10 anos, em um imóvel do bairro Colinas.
O pedófilo está preso desde o início das investigações em Andradina, em ala exclusiva para acusados de crimes sexuais. Ele poderá recorrer da decisão. Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público, o pai aproveitava a ausência da esposa quando ela saía trabalhar e, por diversas vezes, praticou os atos contra as filhas.
Os abusos foram denunciados pela filha mais velha ao ver o pai estuprando a irmã mais nova. Segundo a delegada, a denúncia contra o homeme, que se diz pastor, vinha sendo investigada desde dezembro, quando avó das meninas levou o caso à polícia ao tomar conhecimento dos estupros cometidos pelo genro por meio da neta mais velha. Em depoimentos, as meninas confirmaram que haviam sido abusadas pelo pai.
De acordo com a delegada, exames realizados nas vítimas, pelo Instituto Médico Legal (IML), confirmaram os abusos. “Ele estuprou as duas, os laudos confirmaram”, disse a delegada.
A filha mais velha contou à polícia que era estuprada desde os 10 anos, e a condição para que não revelasse os abusos a ninguém era de que o pai não molestasse a irmã mais nova. Em dezembro, porém, ela o flagrou abusando da caçula e decidiu revelar a situação à avó materna.
A polícia não divulgou os nomes para preservar a identidade das vítimas. E aqui acontece aquele dilema: por um lado essas meninas devem e merecem ser preservadas, por outro a sociedade fica a mercê desse bandido quando ele sair da prisão – afinal ele pode sair por induto e bom comportamento – porque o nome desse pedófilo monstro não será divulgado.
