Juro para pessoa física cai

Pela primeira vez este ano, o juro bancário cobrado pelos bancos das pessoas físicas, nas operações com recursos livres (tirando crédito rural, habitacional e do BNDES) teve queda em agosto, segundo o Banco Central. No mês passado, a taxa média nas operações com recursos livres caiu para 43,1%, depois de marcar 43,2% em julho.

Houve queda também na taxa de juros média das operações com empresas, que passou de 23,1% ao ano em julho para 22,8% ao ano em agosto. A taxa de todas as operações (pessoas físicas e jurídicas), ainda com recursos livres, recuou de 32,3% ao ano em julho para 32,2% ao ano em agosto.

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Desde março deste ano, quando o BC deu as primeiras sinalizações que poderia interromper o processo de alta dos juros básicos da economia, já houve reflexo na taxa de captação dos bancos (quanto as instituições pagam pelos recursos).

O início do processo de redução das taxas de juros bancários em agosto deste ano, três meses após o fim do ciclo de alta do juro básico da economia, o chamado “spread bancário” – que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e quanto cobram de seus clientes – também recuou, passando de 31,7 pontos em julho para 31,5 pontos em agosto.

O spread é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros. Apesar da queda em agosto, o spread dos bancos registrou forte alta no ano.

Segundo números do BC, a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres (sem contar crédito rural e habitacional), que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, registrou estabilidade em 6,6% em agosto deste ano – mesmo patamar de julho. É o maior patamar desde maio deste ano (6,7%), ou seja, em três meses.

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com recursos livres, subiu em agosto deste ano, quando atingiu 3,6%. Em julho, estava em 3,5%. Este é o maior patamar desde maio do ano passado, quando estava em 3,7%.

Considerando a taxa total de inadimplência, que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com recursos livres, houve estabilidade em 5% em agosto. Nesse caso, não são considerados créditos habitacional e rural e as operações do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

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