Intervenção deve extinguir OSS da Santa Casa de Birigui

Alex Brasileiro foi nomeado interventor da Santa Casa de Birigui pelo prefeito Leandro Maffeis (Foto: Lázaro Jr./Hojemais Araçatuba)

O interventor da Santa Casa de Birigui (SP), Alex Brasileiro, informou em entrevista coletiva neste sábado (26), que a OSS (Organização Social de Saúde) do hospital deverá ser extinta e o comando da instituição devolvido à Irmandade da Santa Casa após o período de intervenção, que inicialmente será de 180 dias.

“O nosso planejamento é que nós consigamos sanar os problemas e devolver a direção para a Irmandade, para que seja administrada novamente pela Irmandade, como foi em outrora” , informou.

De acordo com ele, o principal desafio será sanar as dívidas, que serão apuradas por meio de uma auditoria externa contratada, que apontará o rumo a ser tomado. Essa auditoria deverá fazer um levantamento das contas do hospital a partir de 2016, ano em que a OSS foi criada para assinar contratos de gestão com Prefeituras e governos estaduais.

O responsável por esses projetos era o médico anestesista Cleudson Garcia Montali, alvo da Operação Raio-X, deflagrada em setembro de 2020 pela Polícia Civil de Araçatuba para apurar o desvio de dinheiro público da área de Saúde.

O médico responde a vários processos e já tem duas condenações, uma na Justiça de Birigui e outra na Justiça de Penápolis, somando mais de 200 anos de prisão pelos crimes denunciados.

Atualmente a OSS Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Birigui tem dois contratos vigentes, um deles com a própria Prefeitura de Birigui, para gerenciamento da ESF (Estratégia Saúde da Família), que é a coordenação das UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

O outro é para gerenciamento do pronto-socorro municipal de Araçatuba e da Central de Regulação Médica e Transporte de Urgência e Emergência do município, incluindo o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Brasileiro comentou que um dos objetivos da intervenção é dar transparência com relação aos serviços prestados pela Santa Casa, que recebe dinheiro público. E, segundo a própria administração municipal não recebia a prestação de contas de forma adequada.

“O que a gente busca é poder dar transparência à população. O que a gente não pode aceitar é que a população não saiba o mínimo, o básico: quanto está sendo gasto, onde está sendo gasto, como está sendo gasto, por que que não tem algum serviço ou, melhor ainda, que a população não seja enganada como foi, porque quando precisamos do principal, que era a hemodiálise aqui nesse hospital, que está no papel, o aparelho não existia e isso é um absurdo. É isso que não podemos mais admitir”, declarou.

A intervenção na administração da Santa Casa de Birigui foi determinada por decreto municipal e efetivada na tarde de sexta-feira (25). O período inicial é de 180 dias, que é o mínimo previsto pela legislação vigente, mas poderá ser prorrogado, se necessário.

A intervenção na administração da Santa Casa de Birigui foi determinada por decreto municipal e efetivada na tarde de sexta-feira (25). O período inicial é de 180 dias, que é o mínimo previsto pela legislação vigente, mas poderá ser prorrogado, se necessário.

O interventor nomeado argumentou que esse será um trabalho a médio e longo prazo, mas que iniciou com o diálogo e com a montagem de uma equipe técnica.

De acordo como ele, antes de tomar essa decisão, a administração municipal conversou com outros municípios que viveram a mesma situação, como Penápolis, que tinha a Santa Casa administrada por uma OSS e também decretou a intervenção no início do ano passado, segundo ele, por falta de transparência.

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