Homem é morto com 4 tiros pela PM em Birigui

Elson da Silva Lima tinha 38 anos (Foto: Reprodução)

Elson da Silva Lima, 38 anos, popularmente conhecido como “Nego Bomba”, morreu ao ser baleado por policiais militares durante uma tentativa de abordagem nesta segunda-feira (18), em Birigui (SP). Segundo a polícia, foram feitos quatros disparos e ele chegou a ser socorrido, mas não sobreviveu.

Segundo os policiais que atuaram na ocorrência, posteriormente eles ficaram sabendo que a vítima tinha expedido contra ela, um mandado de prisão preventiva pela prática do crime de roubo. A reportagem consultou o site do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e não encontrou nenhum mandado de prisão em aberto.

Esses dois policiais foram ouvidos na delegacia e relataram que durante patrulhamento de rotina, abordaram um motociclista que teria “empinado” na frente da equipe. Após fazerem as autuações e providenciarem o guincho para recolher o veículo, eles teriam visto Lima de bicicleta pela rua Teodósio Pereira Silva, no bairro São Braz.

Segundo a polícia, ele demonstrou-se assustado com a presença da equipe e passou a conversar com duas pessoas na frente de uma residência. Os policiais relataram que por aparentemente ele não conhecer as pessoas com quem conversava, decidiram fazer o retorno para a abordagem.

Ainda de acordo com os policiais, essas duas pessoas informaram que Lima havia entrado na residência de propriedade de uma delas, que não o conhecia. Com autorização do dono do imóvel os policiais entraram na casa, que estava com as portas fechadas.

Eles estavam com a arma em punho e viram o suspeito nos fundos do imóvel, vindo a reconhecê-lo de ocorrências anteriores, com histórico de resistência contra policiais.

Ainda de acordo com o que foi relatado, Lima aparentava estar sob o efeito de álcool ou drogas, recebeu ordem para levantar as mãos e virar de costas para ser revistado, mas não obedeceu. Ele ainda teria passado a arremessar objetos contra a equipe, incluindo um banco de madeira, bacias e panelas

Um dos policiais disse que guardou a arma no coldre para tentar contê-lo com uso da força física, mas teria sido agredido com uma cotovelada na boca, vindo a se afastar. Em seguida, Lima teria partido para cima do outro policial, que estava com a arma em punho, para tentar pegá-la.

Percebendo que o colega conseguiu se afastar, ele sacou a arma e fez dois disparos contra Lima, de distância de aproximada de um metro a um metro e meio da vítima. No mesmo instante ele ouviu outros dois disparos feitos pelo colega.

Ferido, Lima caiu e não esboçou reação. Um dos policiais permaneceu com ele, enquanto o outro foi à viatura solicitar apoio e acionar o resgate, que atendeu a vítima, que ainda estaria com vida, sendo o óbito informado cerca de 20 minutos depois.

A polícia também ouviu o morador na residência onde ocorreu o fato. Ele confirmou que estava na frente de casa bebendo cerveja com um vizinho, quando Lima apareceu de bicicleta e começou a puxar assunto, vindo a entrar no imóvel sem autorização, aproveitando que o portão estava aberto.

Ainda de acordo com ele, os policiais perguntaram se o conhecia e, após responder que não, entraram na residência, com autorização. Instantes depois o morador ouviu disparos de arma de fogo e um dos policiais saiu dizendo que ele não poderia entrar na casa dele antes do atendimento à vítima e da perícia.

O delegado que presidiu a ocorrência determinou a realização de perícia e foi ao local com equipe de investigação. O Ministério Público também foi comunicado e o promotor de Justiça do Júri acompanhou o trabalho policial e da perícia.

egundo o que foi relatado, havia manchas de sangue e próximas dela quatro estojos deflagrados e projéteis de munição calibre .40, os quais foram recolhidos pelos peritos. As armas dos policiais foram apresentadas na delegacia e apreendidas.

O delegado entendeu que os policiais agiram em legítima defesa e os liberou após ouvi-los, mas um inquérito será instaurado para dar continuidade às investigações. O corpo de Lima foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico antes de ser liberado para velório e enterro.  hoje mais

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