Gestante procura a polícia e denuncia possível maus-tratos durante atendimento no pronto-socorro de Birigui

Uma mulher com 25 anos de idade e grávida de 29 semanas, procurou a polícia na última sexta-feira (10) para denunciar que teria sido maltratada durante atendimento no pronto-socorro de Birigui (SP) no início da tarde de quinta-feira (9).

A vítima disse à polícia que foi diagnosticada com uma síndrome rara, chamada Síndrome Conversiva ou Síndrome Dissociativa. Esse transtorno causa a perda parcial ou completa da consciência, ocasionando fenômenos como falta de controle motor, incompreensão das sensações e até o esquecimento da própria identidade.

Ainda de acordo com a paciente, a síndrome é confirmada por laudos médicos e consta carteirinha de gestante. Ela informou ainda que a gravidez é de alto risco devido a isso e a pré-eclâmpsia.

A vítima disse à polícia que foi levada ao pronto-socorro pelo marido dela, após passar por um susto que causou uma crise nervosa. Durante o atendimento foi relatado que após o trauma ela não se movia, em consequência da crise, e a paciente foi encaminhada à sala de emergência.

Segundo a gestante, o atendimento foi feito por uma profissional que vestia um jaleco rosa, que iniciou os procedimentos para avaliar se ela respondia aos estímulos. Ainda de acordo com a vítima, ao perceber que ela não tinha reação, a profissional passou a debochar da situação e a intensificar a força usada nos testes.

A enfermeira teria puxado o cabelo da gestante e aplicado beliscões com força cada vez maior, além de empurrar o corpo da vítima com força para frente e para trás. A vítima disse que estava em uma cadeira de rodas e a profissional alertava que se ela não se segurasse, iria cair e correr o risco de sofrer um aborto, sugerindo que estaria fingindo para chamar a atenção.

Em conversa com o Hojemais Araçatuba a gestante confirmou a informação e informou que após passar por essa situação ela foi encaminhada pra ala que não é emergência e contou ao marido dela o que havia acontecido.

“Eu aguardei por cerca de dez minutos, que foi o tempo que precisei pra conseguir falar, pois eu estava muito assustada e pedi pro meu esposo me tirar dali, foi quando ele soube o que havia acontecido. Nessa mesma hora a médica chamou”, informa.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura, que orientou que procurasse a BHCL (Beneficência Hospitalar de Cesário Lange), OSS (Organização Social de Saúde) que administra o pronto-socorro de Birigui.

Segundo a entidade, ao dar entrada no pronto-socorro municipal familiar teria declarado que a gestante estava com crise convulsiva, foi levada a sala de emergência e os exames e testes pertinentes que foram realizados constataram que não se tratava de crise convulsiva.

A BHCL nega os maus-tratos alegados pela paciente à polícia. “Em nenhum momento foi realizado procedimentos fora dos padrões de avaliação médica. Realizamos atendimento com profissionais habilitados que dedicam ao bem” , afirma a nota.

A entidade informa ainda que com base nos levantamentos preliminares a paciente teve respeitado todos seus direitos e atendimento, mas mediante a reclamação será aberta uma Sindicância Interna para apurar os fatos ocorridos. “Tomaremos as providências se for constatado alguma irregularidade”, finaliza a nota.  hoje mais

Share Button
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...