Após dois anos de retração da economia, o resultado econômico do polo calçadista biriguiense não poderia ser outro. A produção diária de pares nas fábricas de Birigui caiu 9,29%, isso significa mais de quatro milhões de pares a menos no total do ano, em comparação a 2015. A exportação se manteve em 3,1% da produção.
Os empregos também reduziram, fechando 2016 com 14.490 postos de trabalho, enquanto em 2015 foram 16.273. “Os números de Birigui refletem a realidade enfrentada por todo o Brasil. Durante todo o ano passado tivemos uma crise política, que acabou provocando sequelas na economia. Os juros não caíram, conforme imaginávamos, o desemprego continuou aumentando, levando à queda de renda das famílias e, consequentemente, afetou o consumo e diminuiu os pedidos das fabricas”, analisou o presidente do Sinbi, Carlos Mestriner.
Ele também lembra que havia uma grande expectativa sobre as exportações para 2016 e as mesmas não ocorreram no volume esperado. “O que mais prejudicou o empresário foi a falta de condições para conseguir planejar as exportações em médio e longo prazo. O câmbio não se manteve estável, ora estava R$3,60, ora R$3,10”, conclui.
Para este ano, a expectativa é de surgir um novo cenário, seja motivado pela PEC (Proposta de Emenda Constitucional) aprovada para diminuição de gastos do governo, seja por causa do pacote econômico para estimular a economia. “Continuamos confiantes de que haverá melhoras e, por isso, o sindicato continuará trabalhando na direção de promover conhecimento e inovações para os negócios locais”, disse o presidente. Confira o balanço completo:
Ano | 2015 | 2016 |
Produção de pares / diária | 214.383 | 194.462 |
Produção de pares / ano | 51.880.000 | 47.059.000 |
Exportações | 3,1% | 3,1% |
Colaboradores | 16.273 |
14.490 |
