Depois de estupro, Rio proíbe vans na zona sul

O primeiro dia de proibição da circulação de vans e Kombis em bairros da zona sul do Rio causa transtornos, desde o início da manhã desta segunda-feira (15), para moradores da cidade. Por volta das 7h, alguns ônibus seguiam lotados com passageiros pendurados nas portas.

Trabalhadores ficaram revoltados com o atraso de até uma hora dos ônibus, que na maioria das vezes passavam superlotados e não paravam nos pontos.

Muitos passageiros reclamaram que a mudança vai prejudicar quem depende do transporte público na cidade. “É maldade o que estão fazendo com a gente. Estamos viajando esmagados nesses ônibus lotados”, disse o cozinheiro Josenildo Alves da Silva, 47, que seguia da Leopoldina para o Leblon.

Às 9h30, uma manifestação da categoria fechou a avenida Delfim Moreira, no Leblon. O protesto provoca um enorme engarrafamento na pista sentido Copacabana, zona sul.

Segundo decreto do prefeito do Rio, Eduardo Paes, publicado na quinta-feira (11) no “Diário Oficial” do município, as vans não podem mais circular na zona sul da cidade no bairros de Botafogo, Humaitá, Urca, Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea e São Conrado.

Segundo o prefeito, só serão permitidas na zona sul duas linhas, que ainda não foram licitadas, que ligam a favela do Vidigal e a Rocinha, no Leblon e em São Conrado respectivamente, ao Jardim de Alah, que fica na divisa entre Ipanema e Leblon.

A medida acontece após uma turista americana ser violentada dentro de uma van de transporte coletivo no fim do mês passado. Entre os suspeitos de ter praticado o crime estão o motorista e o cobrador do veículo. Ele teriam pedido que todos os passageiros descessem, com exceção da jovem e seu namorado, que foi agredido.

A grande perca é que não só os trabalhadores que tomam transporte público saem perdendo como principalmente quem “paga o pato” são os motoristas e cobradores honestos que graças à uma quadrilha perdem seu ganha pão. Deve ser lembrado também que a primeira acusação contra a quadrilha da van foi feita uma semana antes do estupro contra a norte-americana, uma jovem brasileira de 21 anos perdeu sua virgindade durante o estupro coletivo, porém nada foi feito e foi necessário que uma outra jovem sofresse nas mãos dos criminosos e acionasse a embaixada dos Estados Unidos para finalmente a justiça brasileira fazer alguma coisa e agora ao invés de aumentar a segurança ou de criar conscientização sobre o respeito às mulheres, proíbem as vans prejudicando milhões de trabalhadores. Duplo erro dos governantes do Rio de Janeiro, que afeta a imagem do Brasil todo perante o mundo.

Fonte: Uol e O Globo.

 

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