Defesa de influencer nega existência de laboratório clandestino de cosméticos

(Foto: Lázaro Jr./Hojemais Araçatuba)A defesa da influencer que foi presa na terça-feira (11)Defesa acredita na inocência da influencer em Birigui (SP),

suspeita de fabricar e comercializar cosméticos sem a autorização dos órgãos competentes, nega que o prédio alugado por ela funcionasse como um laboratório clandestino

Após a Justiça conceder a liberdade provisória à investigada, no final da manhã desta quarta-feira (12), a reportagem falou com os advogados Jerônimo José dos Santos Júnior e Keilla Dias Takahashi, que atuam no caso. O nome da influencer não será informado porque o Hojemais Araçatuba ainda não obteve a autorização dela, que é apenas investigada.

“Os fatos não foram devidamente apurados, a denúncia não foi devidamente fundamentada e a capitulação do crime não é a que foi apresentada pela polícia, até porque ela não é fabricante, não existe laboratório clandestino, não existe nada do qual foi divulgado”, declarou Santos Júnior.

Os advogados explicaram que a cliente dele, que tem 45 anos e morou 25 anos no Japão, retornou ao Brasil e está em Birigui apenas desde novembro do ano passado. Pelas publicações que faz nas redes sociais nos últimos sete anos, ela alcançou a marca de 540 mil seguidores no Instagram e 1,9 milhão no Facebook.

Ainda de acordo com a defesa, durante a audiência de custódia foi comprovado à Justiça que a renda dela vem da remuneração pelas postagens nessas redes sociais e não pela comercialização dos produtos encontrados no prédio comercial que a polícia informou tratar-se de um laboratório.

Fracionamento

A defesa argumenta que a influencer passou a disponibilizar alguns produtos atendendo pedido dos seguidores. Para isso, ela criou uma marca própria e fez uma parceria comercial com uma fabricante com sede em Curitiba (PR).

Essa fabricante despacha os produtos para Birigui e eles são fracionados em embalagens que recebem a logomarca dela. “Tem toda descrição do produto no verso, de que não é feito aqui” , afirma o advogado.

De acordo com ele, os produtos que foram encontrados sem descrições no rótulo são os de origem artesanal, que a influencer faria utilizando apenas produtos naturais, de forma caseira, que é o que sempre divulgou nas redes sociais.

Com relação às supostas irregularidades apontadas pela Vigilância Sanitária, que enviou fiscais ao local durante o cumprimento de mandado de busca pela Polícia Civil, a defesa informa que tem dez dias para apresentar recurso.

Os advogados devem fazer a contestação com a apresentação das notas fiscais e demais documentos que comprovariam que o espaço alugado pela influencer não era usado para manipulação de produtos e que ele não estava aberto ao público.

Para o advogado, mesmo que os produtos tenham sido oferecidos à venda, não deixa de ser lícito, ainda que esteja sem rótulo, pois será feita a comprovação de origem. “O imóvel foi alugado havia 20 dias e não tem acesso ao público” , argumenta.hoje mais

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