Concorrência pública da água em Birigui é retomada e tem nova data

a concorrência  publica que foi suspensa   pelo TCU SP no fim de  janeiro  deste ano , volta a mesa de negociações em meio a pandemia

Salmeirão e Marcos Albano afirmam que concessão se baseia em estudos do Ministério das Cidades, que tem mais de dez livros (Foto: Aline Galcino/Hojemais Araçatuba)

A concorrência pública para concessão parcial da água em Birigui (SP) foi retomada pela Prefeitura e já tem nova data: 27 de julho. O certame havia sido suspenso pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), no final de janeiro, após representação de duas empresas e do vereador César Pantarotto Júnior (PSD). A expectativa da Prefeitura é concluir o processo até o final de agosto.

De acordo com a Prefeitura, o TCE-SP indeferiu as razões impugnadas pelas empresas, que eram basicamente técnicas, e pelo vereador. No entanto, mesmo assim, o município revisou e fez algumas correções no edital da concorrência pública.

Entre elas, segundo o secretário-adjunto de Meio Ambiente, Marco Albano, está a solicitação para que as empresas apresentassem atestado de execução de adutoras no material ferro fundido. “A retificação foi feita para retirar a exigência do material da adutora”, explicou Albano.

Já a denúncia de Cesinha de desrespeito à lei municipal que prevê a terceirização do saneamento básico na cidade desde que aprovada pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico e pela Câmara dos Vereadores, o que não ocorreu, foi rejeitada.

Isso porque a lei que institui o Plano Municipal de Saneamento Básico em Birigui, e que foi aprovada pelos vereadores da atual legislatura, prevê em seu artigo 4º a prestação direta ou delegação dos serviços de saneamento básico, o que, segundo a Prefeitura, já dá autorização para a concessão até total do serviço.

A principal justificativa da Prefeitura para concessão de parte da produção da água em Birigui é o déficit atual, em torno de 4 milhões de litros por dia, o que causa desabastecimentos em alguns bairros. A tendência é esse número aumentar, tendo em vista o crescimento populacional, sem aumento na produção.

O problema, segundo a administração, foi apontado em 2008, por meio de um estudo técnico do Ministério das Cidades. O levantamento mostrou 2015 como o ano crítico para o abastecimento de Birigui, ou seja, quando começaria a faltar água se nada fosse feito para aumentar a produção.

A produção atual de água em Birigui é de 38 mil metros cúbicos de água por dia, sendo 20 mil m³ de captação superficial (pelo ribeirão Baixotes) e 18 mil m³ de captação profunda (10,5 mil m³ do poço Matéria e 7,5 mil m³ do Aqua Pérola).

O contrato com as concessionárias Aqua Pérola e Matéria vencerão nos meses de outubro e novembro deste ano, respectivamente, após várias prorrogações.

Por ser mais antigo e estar no limite de produção, a manutenção no poço Aqua Pérola precisa ser mais constante. A troca da bomba acontece hoje a cada três meses. Para comparação, a bomba do Matéria passa pelo mesmo tipo de manutenção a cada três anos.

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