Escola estadual gerou polêmica após ganhar mural com as imagens de Marielle Franco e Paulo Freire; nota repudiando reações agressivas é assinada pelo coletivo Mulheres de Todos os Tons, de Birigui
O coletivo Mulheres de Todos os Tons, formado por participantes de Birigui (SP), publicou nesta segunda-feira (23), na página oficial do grupo no Facebook , uma nota de repúdio direcionada às reações agressivas da população contra a escola estadual Vitor Antônio Trindade, de Araçatuba.
Na última semana, a unidade sofreu ataques na internet e recebeu reclamações na Diretoria de Ensino, por conta do mural com imagens da ex-vereadora e ativista política, Marielle Franco, assassinada em 2018, e do educador e filósofo Paulo Freire.
Além das ilustrações, o mural traz frases, como “Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante” e “Quiseram nos enterrar não sabiam que éramos sementes”.
Nota
” Nós, do Coletivo Mulheres de Todos os Tons, repudiamos reações agressivas contra a escola e contra a imagem de Marielle Franco. Marielle foi uma mulher negra de muita garra, lutou contra as injustiças e foi executada por isso. Repudiar a sua imagem, além de covarde, exalta grupos de extermínio violentos e antidemocráticos. Todo nosso apoio à comunidade escolar e reverência à imagem de Marielle Franco por tudo que ela lutou. Marielle se tornou semente e nós somos frutos, continuaremos na luta por um mundo melhor para todas e todos! “, disse nota.
De acordo com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a escola tinha autorização do conselho escolar para fazer o mural e que a unidade tem autonomia para realizar esse tipo de atividade artística.
Devido à polêmica, a informação extraoficial é de que houve reunião entre os membros do conselho da escola na semana passada, e que optaram por retirar Marielle do mural.
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