A Polícia Civil prendeu na manhã desta sexta-feira (20) em Guararapes (SP), um homem investigado por crimes de agiotagem e extorsão. Segundo a polícia, ele foi investigado pela Polícia Federal por suspeita de participação no roubo ao Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em Araçatuba em agosto de 2021.
Na ocasião, uma quadrilha aterrorizou a cidade, utilizando explosivos e pessoas como escudo humano, inclusive com integrantes da quadrilha e civis sendo mortos em trocas de tiros.
De acordo com o que foi apurado pela reportagem, a prisão não tem nenhuma relação com o assalto aos bancos. A investigação feita pela Delegacia de Guararapes teve início em setembro, após uma pessoa denunciar que teria feito um empréstimo em dinheiro com o investigado, a juros excessivos.
Ainda de acordo com o que foi apurado, após pegar o dinheiro, a vítima sofreu o crime de extorsão, sendo visitada pelo investigado, acompanhado de outro homem ainda não identificado pela polícia, cobrou o pagamento do valor devido, utilizando de intimidação e grave ameaça.
Após o registro do boletim de ocorrência na delegacia de Guararapes, a Polícia Civil instaurou o inquérito e durante a investigação, com a coleta de evidências dos crimes, foi representado pelos mandados de busca e apreensão e de prisão temporária do investigado.
Esses mandados foram cumpridos na manhã desta sexta-feira por equipes das delegacias de Guararapes e de Rubiacia. O investigado foi encontrado e fazia uso de tornozeleira eletrônica.
Durante as buscas foram apreendidas diversas notas promissórias em branco, assinadas por pessoas distintas; um caderno com anotações de contabilidade; um notebook; e um celular. O investigado foi apresentado na delegacia de Guararapes e após o registro da ocorrência ficaria à disposição da Justiça, sendo encaminhado à cadeia de Penápolis.
Os materiais apreendidos serão encaminhados para perícia e a polícia dará sequência à investigação para tentar identificar o outro homem que teria participado da cobrança abusiva, que teria configurado o crime de extorsão contra a vítima.
A polícia não descarta a possibilidade de outras pessoas terem sido vítimas do mesmo crime e pede que, caso alguém tenha passado pela mesma situação, que procure a delegacia para que o caso seja incluído na investigação.hoje mais