14 milhões podem ter sido desviados em Buritama

O Ministério Público investiga o desvio de cerca de R$ 14 milhões em duas instituições de saúde de Buritama, uma delas é a Santa Casa da cidade. O que causa desconfiança da promotoria é por que os responsáveis não foram punidos ainda, já que o caso teria acontecido há cinco anos e a Secretaria Estadual de Saúde já tinha constatado o desvio.

O processo  está em poder do Ministério Público. O promotor responsável pelo caso, João Paulo Serra Dantas, reconhece os indícios de irregularidades na gestão da Santa Casa da cidade e no Instituto de Olhos. “Relatórios de órgãos relacionados à saúde, que nos foi enviado, e que é possível aferir que houve alguma coisa irregular, como crimes contra ordem tributária, contra a administração pública”, afirma o promotor João Paulo Serra Dantas.

De acordo com a denúncia, de 2002 a 2007, teriam sido desviados das duas instituições cerca de R$ 14 milhões. As suspeitas começaram depois de uma auditoria da Secretaria Estadual de Saúde.

No documento, que foi enviado à promotoria pela Câmara dos Vereadores, está a prestação de contas das entidades. Enquanto no Instituto de Olhos, a diferença entre o valor recebido e o repassado passa de R$ 4 milhões, na Santa Casa, são mais de R$ 9 milhões.

O ex-administrador do hospital, Anísio Antônio da Silva, que estava à frente da unidade no período investigado, tenta explicar a diferença. “Quando é repassado o dinheiro da Secretaria de Saúde é repassado para a entidade, contabilmente, esse dinheiro vem separado, o que é do médico e o que é da entidade. Na contabilidade, esse dinheiro não é declarado como receita própria”, diz Anísio Antônio da Silva, ex-administrador da Santa Casa.

Na época, o caso foi apurado em duas sindicâncias. A provedoria da Santa Casa e a Secretaria Estadual de Saúde comprovaram o desvio. Agora, o Ministério Público tenta entender por que nunca os responsáveis foram punidos. “Por isso que temos de fazer essa investigação com mais diligências, com perícias e confrontar dados que nos foram fornecidos. Houve prejuízo ao erário e existe previsão legal que não existe tempo para fazer esta cobrança para que os cofres públicos sejam ressarcidos”, afirma o promotor.

Instituto de Olhos de Buritama também teria desvio de verba (Foto: Reprodução/TV Tem)

Fonte: G1

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