MPF recorre contra absolvição de dupla flagrada com 400 tijolos de pasta base de cocaína

Avião foi abordado no aeroporto de Penápolis (Foto: Divulgação)

O MPF (Ministério Público Federal) informou por meio de nota da assessoria de imprensa, que irá recorrer da decisão que absolveu o piloto e o passageiro de um avião apreendido, transportando 400 tijolos de pasta base de cocaína.

O flagrante aconteceu em dezembro de 2024 no aeroporto de Penápolis (SP), feito em ação conjunta da Polícia Federal com a Polícia Militar. Os dois investigados foram denunciados e permaneceram presos até terça-feira (4), quando foi proferida a sentença pela 2ª Vara Federal de Araçatuba, determinando a expedição do alvará de soltura.

O entendimento do juiz da 2ª Vara Federal de Araçatuba, Luciano Silva, foi da “inexistência de fundada suspeita provada para a busca veicular realizada ”, levando em consideração que nos autos, não teria sido relatado o que motivou a busca.

“O sentimento, ao ler e reler os autos até aquele ponto, é de um livro começado pelo meio: se inicia com a aeronave dos réus sendo abordada de maneira espetaculosa pela Polícia Militar, sem que exista qualquer motivo claro para a mobilização de diversas forças na captura do mencionado avião, senão uma informação repassada pela Polícia Federal, cuja origem é ignorada”.

Na decisão, o juiz argumenta que se existiu alguma diligência prévia que motivou a ação de mobilizar inclusive uma aeronave para monitoramento e abordagem, a defesa tem o direito de saber qual foi.

Por isso, foi determinado ainda no inquérito, que o Ministério Público Federal juntasse aos autos, os atos de investigação que resultaram na prisão em flagrante. Segundo a sentença, o MPF juntou documento confeccionado em 9 de maio de 2025, ou seja, meses após o flagrante.

Nesse documento, segundo a decisão, consta que chegou ao conhecimento da força-tarefa que o piloto realizaria um voo para a região de Penápolis, transportando grande quantidade de cocaína.

Considerando os antecedentes do investigado, que possui condenação na Justiça Federal por crime de tráfico transnacional de drogas, os planos de voo dele passaram a ser monitorados por sistema próprio da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Ainda segundo a sentença, naquela manhã o piloto estava com a aeronave no aeroclube de Aquidauana (MS) e cadastrou sete planos de voo com diferentes destinos, o último deles com destino ao aeroporto de Três Lagoas (MS).

Policiais federais de Três Lagoas foram mobilizados para possível abordagem, caso realmente ele pousasse no local, mas como havia denúncia de que o destino da aeronave Penápolis, policiais federais de Araçatuba e da Polícia Militar Rodoviária também foram mobilizados para irem ao aeroporto da cidade, onde ocorreram as prisões.

“Pois bem, o que se extrai do mencionado ofício é que a Polícia Federal, de fato, já vinha investigando desde a denúncia realizada por um informante” , cita o juiz na decisão. Porém, ele argumenta que não é possível compreender quando esta denúncia foi realizada, quando os planos de voo foram descobertos ou em que momento a mobilização das forças policiais efetivamente começou.

“O procedimento investigativo em si não foi apresentado, mas sim um resumo confeccionado a posteriori, apenas relatando, em tom memorialístico e sem qualquer precisão de datas e horários das diligências, o ocorrido”  hoje mais

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Alexandre de Moraes decreta prisão de Carla Zambelli

Deputada Carla Zambelli durante coletiva na Câmara dos Deputados (Foto Lula Marques/Agência Brasil)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, decretou nesta quarta-feira (4), a prisão da deputada Carla Zambelli, que anunciou ter deixado o País.

Moraes determinou ainda o bloqueio dos passaportes (inclusive o diplomático) e do salário de deputada e de qualquer outra verba de gabinete paga pela Câmara.

Os recursos serão destinados ao pagamento das multas impostas pela condenação por invasão ao sistema eletrônico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). hoje mais

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Mulher procura a polícia após depilação a laser em Araçatuba

imagem ilustrada net

Uma mulher de 39 anos procurou a polícia em Araçatuba (SP) na noite de segunda-feira (2), para registrar boletim de ocorrência de lesão corporal, em razão de queimaduras nas pernas que teria sofrido durante uma sessão de depilação a laser.

A mulher disse à polícia que esteve na clínica no período da manhã para a sessão de depilação nas pernas. De acordo com ela, durante o procedimento teria percebido que a potência do equipamento estava excessivamente alta e teria comentado a respeito com a funcionária.

Ainda de acordo com ela, essa funcionária teria relatado que o aumento gradual da intensidade era necessária para obter melhores resultados. Ao término do procedimento, a cliente deixou o local, mas durante o dia, passou a sentir forte ardência na perna direita.

Segundo a mulher, foram constatadas marcas aparentes de queimadura na parte frontal da perna direita e na parte posterior da perna esquerda, possivelmente em decorrência do procedimento. Ela disse que por volta das 13h fez contato com a empresa e enviou um vídeo mostrando as lesões.

Às 14h40 ela foi comunicada que o caso seria encaminhado à técnica responsável. Como não teve o retorno informando, procurou novamente a clínica e recebeu um protocolo de tratamento de primeiro grau, que consistia na aplicação de duas pomadas específicas.

Depois de ter questionado a necessidade de ter arcar com os custos dos medicamentos, entendendo que seria responsabilidade da empresa, já por volta das 18h30 ela recebeu as pomadas em casa. Por fim, informou que a clínica comunicou que faria novo contato nesta quarta-feira para tratar do caso.

A reportagem procurou a Prefeitura, que informou que esse tipo de atividade precisa de licença sanitária, mas que a Vigilância Sanitária Municipal não havia recebido nenhuma formalização de denúncia a respeito desse tipo de serviço.

“Esse tipo de atividade possui fiscalização de rotina. E, mediante recebimento de denúncia, é feita também inspeção sanitária no local, para investigar os fatos. Porém, até o momento, não foi formalizada denúncia sobre o fato ocorrido no referido estabelecimento”,hoje maisnota.

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