A Secretaria de Segurança Pública de Birigui (SP) concluiu a instalação de um sistema de monitoramento por câmeras na praça Ana Nunes Garcia, popularmente conhecida como “Parque do Povo”. Segundo a Prefeitura, os equipamentos foram viabilizados por meio de doação feita por empresários da cidade e a Central de monitoramento será administrada pela Guarda Municipal.

Ao todo, foram investidos mais de R$ 15 mil para adquirir duas câmeras do tipo Speed Dome, conhecidas por sua capacidade de rotação de 360°, zoom de longo alcance e alta resolução. O sistema conta ainda com um NVR (gravador de vídeo em rede) e um HD de gravação, que garante o armazenamento seguro das imagens captadas.

Em nota divulgada à imprensa, a Prefeitura afirma que o novo sistema permitirá o monitoramento contínuo e eficaz da área, contribuindo diretamente para a prevenção de delitos e proporcionando resposta rápida às ocorrências, garantindo mais segurança à população no local.

Também em nota, a prefeita Samanta Borini (PSD) comenta que a iniciativa reforça o compromisso da gestão municipal com a segurança e o bem-estar da população, integrando o Plano Estratégico de Segurança.

Ela também ressalta a importância da parceria do poder público com a iniciativa privada para ações pelo bem do município. “A parceria com o setor privado mostra que, juntos, podemos alcançar resultados concretos em benefícios de todos” , afirma.

Já o secretário municipal de Segurança Pública, Vagner Freire, agradece aos empresários que contribuíram com a doação, ajudando a tornar a cidade “mais segura, humana e acolhedora para todos os cidadãos” .:hoje mais

Ganhou repercussão em todo Brasil uma história de “barriga solidária” que aconteceu em Birigui (SP), onde uma mulher de 48 anos realizou o sonho da filha de ser mãe, ao gerar a própria neta. O parto aconteceu na Santa Casa de Birigui em julho, mas ganhou repercussão ao ser contado no programa Profissão Repórter da Rede Globo, nesta semana, que mostrou diferentes formas de maternidade.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, Hadassa nasceu às 6h39 dia 23 de julho, pesando 3,230 kg e com 51 cm. “A Santa Casa de Birigui apoia iniciativas que valorizam histórias de vida e ressalta que a solidariedade faz parte de sua missão institucional” , informa o hospital em nota.

De acordo com o que foi divulgado, a engenheira civil Jéssica Bernardes, 29 anos, que é moradora em Birigui, foi diagnosticada aos 19 anos com Esclerodermia Sistêmica, doença rara e autoimune que impossibilita a gravidez. O laudo definitivo atestando que ela não poderia engravidar saiu em 2023 e de início, ela e o marido, Jefferson Bernardes, pensaram na possibilidade de adotar uma criança.

Porém, o casal foi surpreendido quando a mãe, Luciane Mendonça, hoje aos 48 anos, se ofereceu para ser barriga solidária. A proposta foi aceita e após discussão familiar, houve a opção pela técnica de reprodução assistida.

No caso, um embrião fertilizado em laboratório foi inseminado artificialmente no útero da voluntária, possibilitando que o bebê tenha a união genética de Jéssica e Jefferson, sem qualquer ligação genética com a avó.

Segundo a Santa Casa de Birigui, Luciane passou por todo o processo médico e jurídico necessário, iniciado quatro meses antes da inseminação artificial. A assessoria de imprensa do hospital informa que Jéssica compartilhou a trajetória da família em uma das redes sociais dela, onde postou que havia apenas uma chance, um único embrião. “Deu certo. Hadassa é um milagre” , publicou.

Ainda de acordo com a Santa Casa, imagens registradas pela equipe do hospital durante o parto foram exibidas no programa da TV Globo, “reforçando a relevância do caso e a emoção vivida pela família” .

Na reportagem exibida pelo Profissão Repórter consta que o médico obstetra Paulo Roberto Sanchez, que acompanhou a gestação, relatou que tem 45 anos de experiência e nunca havia presenciado um caso de uma avó gestar o próprio neto.

O programa informou ainda que no Brasil, a barriga solidária só é permitida quando existe vínculo de parentesco próximo e sem fins lucrativos e que todo o procedimento deve ser registrado em cartório para garantir validade legal.:hoje mais

Todos sabem que no Brasil há leis que preveem punições a quem maltrata os animais, assim como há leis protegendo rios, florestas e até monumentos. Mas há alguns anos muitos juristas passaram a ver os animais não só como bens (de valor econômico, ecológico ou sentimental), mas também como indivíduos (com dignidade própria).

Nessa visão, os animais não são protegidos tanto por causa dos humanos, mas especialmente por causa de si mesmos, enquanto seres com desejos legítimos: continuarem vivos, não serem aprisionados ou torturados, terem um meio ambiente limpo e equilibrado etc.

Esse novo paradigma, que vai além da mera proteção animal para abraçar os direitos animais, está de acordo com o melhor da Filosofia, da Ciência e da Teologia. Essas áreas do conhecimento apoiam, cada uma a seu modo, o Direito Animal – que como todo ramo jurídico, não é o texto (algo físico), e sim a interpretação do texto (algo mental), a qual naturalmente sofre influências de vários setores.

O filósofo Jeremy Bentham observou, no séc. XVIII, que certos animais são muito mais inteligentes que bebês humanos, e que o que importa, para definir se uma criatura merece nossa consideração, não é a capacidade de ser racional, e sim a capacidade de sofrer.

Os maiores cientistas de várias áreas (incluindo a Neurociência) assinaram a Declaração de Cambridge Sobre a Consciência Animal, em 2012, reconhecendo evidências suficientes de que seres com sistema nervoso central (ex: mamíferos, aves e polvos) têm consciência e emoções.

A Bíblia mostra o Deus hebreu se preocupando com a vida dos animais (Jonas 4:11), condenando a crueldade contra eles (Provérbios 12:10) e prevendo um dia em que todas as criaturas viverão sem se agredir (Isaías 11:6-9).

Muitos exemplos da Filosofia, da Ciência e da Teologia (de várias religiões) poderiam ser dados, mas falta espaço. Seja como for, é nítido que a valoração ética (proporcionada pela reflexão filosófica), o reconhecimento da capacidade de sofrer (demonstrada na pesquisa científica) e a crença numa ordem natural da criação (contida em doutrinas religiosas) concordam que animais não são coisas – abrindo espaço para o Direito Animal Constitucional, que será abordado no próximo artigo.