Funcionários da Santa Casa de Birigui ficam sem segunda parcela do 13º salário

Santa Casa de Birigui está sob intervenção da Prefeitura desde fevereiro (Foto: Lázaro Jr./Arquivo)

A direção da Santa Casa de Birigui (SP) divulgou nesta terça-feira (20), um comunicado interno informando aos funcionários que não será feito o pagamento da segunda parcela do 13º salário. Pela legislação trabalhista, hoje é o último dia para quitar o pagamento do benefício. Segundo o comunicado, a medida deve-se a questões financeiras da instituição.

O documento é assinado pelo interventor do hospital, Alex Brasileiro; pelo diretor geral, Marco Aurélio Gomes Arantes; e pela diretora administrativa e financeira, Eunice Masson. Ele informa que a direção busca alternativas para fazer o pagamento dos valores devidos na segunda quinzena de janeiro.

A Santa Casa de Birigui está sob intervenção da Prefeitura desde fevereiro. Na sexta-feira (16) foi realizada uma reunião na Câmara de Birigui, com a participação da sociedade civil, Legislativo, Executivo e Santa Casa de Misericórdia, para discutir a questão financeira do hospital.

Na ocasião, foi informado que há um déficit mensal médio de R$ 608 mil, o que explicaria os três meses de atraso no salário dos médicos. Segundo o que foi informado, esses profissionais prestam serviço como Pessoa Jurídica e não podem ser pagos com verbas públicas.

Três projetos que previam repasses de R$ 462,1 mil em recursos para o hospital foram “barrados” por vereadores nas últimas sessões Legislativas, sob justificativa de falta de transparência da irmandade.

O primeiro projeto, no valor de R$ 211,2 mil, entrou na pauta da sessão de 1º de novembro, foi adiado por três vezes e corresponde à cobertura das diárias da UTI Covid-19, referentes ao mês de fevereiro de 2022.

Os outros dois projetos autorizariam repasses de R$ 124,5 mil e R$ 126,4 mil e entraram na Ordem do Dia da sessão ordinária de terça-feira (13), a última do ano, mas receberam pedidos de vistas.

A Santa Casa argumenta que nos três casos os recursos são do Ministério da Saúde e só podem ser utilizados pelo hospital. Se não houver autorização da Câmara para celebração do convênio entre a Prefeitura e o hospital, o município pode perder a verba.: hoje mais

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