O empresário Rubens Inácio Salzedas, 83 anos, residente em Birigui, morreu atropelado na noite do último sábado (21/04), em Bauru. Ele foi um dos fundadores da fábrica de calçados Tiptoe e passava o final de semana com familiares em Bauru.
O autor do crime, um ajudante de motorista de 64 anos, foi preso em flagrante sem direito à fiança, pois havia ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. Ele deixou o local sem prestar socorro à vítima e um filho dele tentou enganar a polícia, alegando que o carro havia sido furtado.
O atropelamento aconteceu pouco depois das 18h. Policiais militares constataram que o autor seguia com um Fiat Uno pela avenida Duque de Caxias, sentido ao bairro, e atropelou Salzedas após o cruzamento com a rua Rio Branco.
Segundo o Jornal da Cidade de Bauru, a vítima passava o feriado de Tiradentes com familiares em uma chácara próxima a Bauru e foi até uma farmácia. O empresário cruzava a rua a pé enquanto o cunhado dele fazia o retorno com o carro para pegá-lo. Ele teve traumatismo craniano, foi socorrido, mas não resistiu.
Os policiais encontraram apenas o carro no local. No hospital, foram informados que uma pessoa estava em uma base da PM registrando o furto de um Fiat Uno, mas entrou em contradição.
Outra equipe foi até à casa dele e encontrou o ajudante de motorista com outro filho, de 13 anos. O adolescente acabou confessando que estava com o pai no Fiat Uno quando ocorreu o atropelamento.
Diante dessa confissão, o filho que comunicava o furto confessou a tentativa de fraude. Ele informou que o pai havia ingerido bebida alcoólica, saído com o carro e, ao retornar, contou sobre o atropelamento. Por isso decidiu tentar livrá-lo da responsabilidade.
O ajudante de motorista alegou ter tomado apenas uma lata de cerveja na casa dele antes de sair com o carro. Ele argumentou não ter visto a vítima atravessando a rua e que se desesperou após atropelá-la. Por isso abandonou o carro no local e foi embora a pé.
Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que apontou 0,31 miligramas de álcool por litro de ar alveolar. O índice é inferior a 0,33 miligramas, que é o limite para a prisão em flagrante. Entretanto, baseado na alteração da lei Seca, o acusado foi preso em flagrante, sem direito à fiança.
Pela lei 13.546, de 19 de dezembro de 2017, que entrou em vigor na última quinta-feira (19/04), autores de crimes cometidos na direção de veículos automotores sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, estão sujeitos à pena de cinco a oito anos de reclusão e suspensão ou proibição do direito de obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Ele ficou à disposição da Justiça e o delegado plantonista ainda representou pela conversão da prisão em flagrante pela preventiva. Após ser ouvido, o acusado foi levado para a cadeia de Avaí.
Fonte: Folha da Região.
