Ganhou repercussão em todo Brasil uma história de “barriga solidária” que aconteceu em Birigui (SP), onde uma mulher de 48 anos realizou o sonho da filha de ser mãe, ao gerar a própria neta. O parto aconteceu na Santa Casa de Birigui em julho, mas ganhou repercussão ao ser contado no programa Profissão Repórter da Rede Globo, nesta semana, que mostrou diferentes formas de maternidade.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, Hadassa nasceu às 6h39 dia 23 de julho, pesando 3,230 kg e com 51 cm. “A Santa Casa de Birigui apoia iniciativas que valorizam histórias de vida e ressalta que a solidariedade faz parte de sua missão institucional” , informa o hospital em nota.
De acordo com o que foi divulgado, a engenheira civil Jéssica Bernardes, 29 anos, que é moradora em Birigui, foi diagnosticada aos 19 anos com Esclerodermia Sistêmica, doença rara e autoimune que impossibilita a gravidez. O laudo definitivo atestando que ela não poderia engravidar saiu em 2023 e de início, ela e o marido, Jefferson Bernardes, pensaram na possibilidade de adotar uma criança.
Porém, o casal foi surpreendido quando a mãe, Luciane Mendonça, hoje aos 48 anos, se ofereceu para ser barriga solidária. A proposta foi aceita e após discussão familiar, houve a opção pela técnica de reprodução assistida.
No caso, um embrião fertilizado em laboratório foi inseminado artificialmente no útero da voluntária, possibilitando que o bebê tenha a união genética de Jéssica e Jefferson, sem qualquer ligação genética com a avó.
Segundo a Santa Casa de Birigui, Luciane passou por todo o processo médico e jurídico necessário, iniciado quatro meses antes da inseminação artificial. A assessoria de imprensa do hospital informa que Jéssica compartilhou a trajetória da família em uma das redes sociais dela, onde postou que havia apenas uma chance, um único embrião. “Deu certo. Hadassa é um milagre” , publicou.
Ainda de acordo com a Santa Casa, imagens registradas pela equipe do hospital durante o parto foram exibidas no programa da TV Globo, “reforçando a relevância do caso e a emoção vivida pela família” .
Na reportagem exibida pelo Profissão Repórter consta que o médico obstetra Paulo Roberto Sanchez, que acompanhou a gestação, relatou que tem 45 anos de experiência e nunca havia presenciado um caso de uma avó gestar o próprio neto.
O programa informou ainda que no Brasil, a barriga solidária só é permitida quando existe vínculo de parentesco próximo e sem fins lucrativos e que todo o procedimento deve ser registrado em cartório para garantir validade legal.:hoje mais
