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Eduardo Bolsonaro enfrenta processo de cassação; entenda como funciona

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou na sexta-feira (15) ao Conselho de Ética quatro representações que pedem a cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Três delas foram apresentadas pelo PT e uma pelo PSOL. O parlamentar, contudo, não perde o mandato de imediato. Para que isso ocorra, é necessário percorrer todas as etapas do processo previsto no regimento interno da Casa.

As representações são instrumentos usados pelos partidos para provocar o Conselho de Ética a avaliar condutas de parlamentares. Elas podem resultar em diferentes desfechos: arquivamento, aplicação de punições mais leves — como advertência ou suspensão — ou, no limite, a cassação do mandato.

Ética da Câmara já analisou, em diferentes legislaturas, processos contra parlamentares de grande projeção nacional, como Eduardo Cunha, André Janones e Daniel Silveira. Em alguns casos, os deputados perderam o mandato; em outros, os processos foram arquivados por falta de votos suficientes ou por articulação política.

Como o processo começa

O primeiro passo é o envio da representação à Mesa Diretora, que decide se o pedido será ou não despachado ao Conselho de Ética. Muitos processos já foram paralisados nessa fase. No caso de Eduardo Bolsonaro, Hugo Motta optou pelo encaminhamento, abrindo espaço para a tramitação.

Uma vez recebido, o presidente do Conselho de Ética convoca uma reunião para instaurar a representação, ou seja, dar início formal ao processo. Em seguida, é formada uma lista com três possíveis relatores — nenhum deles pode ser do mesmo partido ou Estado do deputado investigado. A Mesa Diretora escolhe um dos nomes, que ficará responsável por elaborar o parecer.

Direito de defesa

Notificado, Eduardo Bolsonaro terá até cinco sessões da Câmara para apresentar sua defesa, anexando documentos e indicando até cinco testemunhas. Caso não entregue defesa no prazo, o presidente do Conselho pode designar um defensor dativo — mas o deputado pode, a qualquer momento, reassumir a própria defesa ou indicar advogado de confiança.

Depois disso, o relator inicia a fase de instrução, colhendo provas, analisando documentos e eventualmente solicitando diligências. Quando há possibilidade de aplicação de penalidades que suspendam direitos parlamentares, essa etapa precisa ser concluída em até 30 dias. Deslocamentos para fora de Brasília, no entanto, dependem de autorização prévia do presidente do Conselho.

Elaboração e votação do parecer

O processo se encaminha para a reta final quando o relator entrega seu parecer. O documento tem duas partes: o relatório, de caráter público, e o voto, que fica em sigilo até a leitura durante a reunião de apreciação.

Nessa sessão, o relator lê o relatório e apresenta o voto. O deputado ou seu representante pode fazer uma defesa oral de até 20 minutos, prorrogáveis por mais dez. Em seguida, os membros do conselho discutem o parecer, com direito a fala de até dez minutos cada. Deputados que não fazem parte do conselho também podem se manifestar, mas por até cinco minutos.

A votação é pública, nominal e exige maioria absoluta para ser aprovada. Se o parecer do relator for rejeitado, um novo texto precisa ser redigido pelo relator vencedor em até duas sessões.

Caminho até o plenário

Se o relatório recomendar a cassação e for aprovado pelo Conselho de Ética, o processo segue para o plenário da Câmara. A cassação só é confirmada se obtiver o voto de pelo menos 257 deputados. Caso contrário, o parlamentar é absolvido.

Eduardo Bolsonaro ainda poderá recorrer dentro do próprio conselho contra decisões tomadas ao longo do processo. Em geral, esses processos costumam levar meses para serem concluídos e dependem da correlação de forças políticas entre partidos, além da pressão da opinião pública.:R7

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Van que voltava de Birigui bate em carro em rodovia

Fotos: Lucas Ribeiro/Monte Aprazível Notícias

Uma van que retornava de Birigui (SP) transportando um grupo de pessoas que teria prestado serviços em uma empresa na cidade se envolveu em uma colisão na manhã desta sexta-feira (15), na rodovia Feliciano Sales Cunha (SP-310), entre Monte Aprazível e Neves Paulista.

Segundo o que já foi divulgado, quatro pessoas teriam sido socorridas com ferimentos considerados graves e foram lavadas para o HB (Hospital de Base) de Rio Preto. Outras cinco pessoas com ferimentos leves teriam sido levadas para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Mirassol e para a Santa Casa de Monte Aprazível.

Por enquanto não há informações sobre quantas dessas vítimas estavam na van, que de acordo com o que foi apurado pela reportagem, tem placas de Rio Preto. Ainda de acordo com o que foi apurado, o veículo teria sido fretado para fazer o transporte de pessoas que trabalham com conferência e inventário, que teriam trabalhado em Birigui na quinta-feira (14).

O grupo estaria retornando para Rio Preto e no quilômetro 469 da estrada, no município de Monte Aprazível, bateu de frente com um VW Voyage, com placas de Catanduva. Segundo o que foi informado, o carro seguia no sentido contrário e o condutor tentava realizar uma ultrapassagem em local proibido quando ocorreu a colisão.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil de Monte Aprazível, que por volta das 15h30 ainda estava registrando a ocorrência, que está sendo apresentada por várias equipes que prestaram socorro às vítimas. Por isso, não há detalhes sobre as identidades das vítimas e o estado de saúde delas.

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Lula diz que Trump mente: Brasil é bom parceiro comercial e não vai ‘andar de joelhos’ para EUA

 

Lula disse ser ‘um homem da paz’: ‘Quem nasce com sangue pernambucano não gosta de briga’ José Cruz/Agência Brasil – 13.08.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira (14) que o presidente norte-americano, Donald Trump, mente ao dizer que o Brasil é mau parceiro comercial.

Mais cedo nesta quinta, Trump criticou novamente o Brasil e classificou o país como “um dos piores parceiros comerciais do mundo”. O republicano condenou, ainda, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“É mentira quando o presidente norte-americano diz que o Brasil é um mau parceiro comercial. O Brasil é bom, o Brasil só não vai andar de joelhos para o governo americano”, afirmou Lula, em agenda no Recife (PE). “Eles estão nos ameaçando todos os dias. A gente continua com vontade de negociar, a gente quer negociar”, acrescentou.

O tarifaço de 50% imposto por Trump a produtos brasileiros comprados pelos EUA começou a valer na quarta-feira (6) da semana passada.

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