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Projeto que amplia isenção do Imposto de Renda domina discursos no Plenário Fonte: Agência Câmara de Notícias

Discussão e votação de propostas legislativas. Dep. Dandara (PT - MG)
Dandara: abaixo-assinado pede a taxação dos super-ricos

Durante os discursos de hoje no Plenário da Câmara, os deputados fizeram mais de 100 menções ao projeto de lei que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil a partir de 2026. O projeto (PL 1087/25) é o único item da pauta de votações desta quarta-feira (1º).

Muitos deputados definiram como histórica a data da votação e defenderam a aprovação da medida.

A proposta, enviada em março deste ano pelo governo, estabelece que a isenção – que deve custar R$ 25,8 bilhões por ano – será compensada taxando mais quem ganha acima de R$ 600 mil por ano. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida atingirá 0,13% dos contribuintes, que hoje pagam, em média, apenas 2,54% de Imposto de Renda.

A deputada Dandara (PT-MG) disse ter entregue 1,5 milhão de assinaturas de cidadãos defendendo a aprovação da medida, com a taxação dos chamados super-ricos, aqueles que recebem acima de R$ 2,1 milhões ao mês, equivalentes a 0,01% da população.

Para o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a aprovação da isenção do Imposto de Renda é, junto com a reforma tributária, o tema de maior relevância da Câmara nesta legislatura. “Hoje é o momento de a Câmara se aproximar do sentimento da população”, disse.

O deputado Heitor Schuch (PSB-RS) afirmou que a grande novidade do projeto é garantir que quem ganha acima de R$ 50 mil por mês deverá custear a isenção. “A inclusão desses mais ricos no Imposto de Renda ajuda a corrigir um pouco essa distorção tributária e de renda que existe no País.”

O deputado Helder Salomão (PT) também defendeu a votação da medida. “Isso significa, na prática, justiça tributária, mais dinheiro na mão do povo, mais consumo, portanto, mais geração de emprego. Hoje é o dia de fazermos justiça tributária”, afirmou.

Para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), votar apenas a isenção de imposto para quem ganha até R$ 5 mil sem a compensação seria um golpe continuado: “200 mil pessoas recebem um pedaço do bolo maior que 105 milhões de pessoas”.

Segundo a deputada Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ), há uma injustiça tributária no Brasil de anos que será enfrentada pela proposta. “O Brasil é um país muito desigual e tem uma chaga tributária que não é de hoje”, afirmou.

Para a parlamentar, é necessário que a isenção beneficie todos os enfermeiros brasileiros que, de acordo com ela, não chegam a receber nem o piso salarial de R$ 4.700.

A deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE) afirmou que os trabalhadores carregaram durante anos o peso de pagar a conta do País. “Não se pode agora, numa pauta unânime, querer tirar dinheiro da educação e da saúde para poder proteger aqueles que até agora ganham milhões e pagam centavos para o governo”, disse.

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas legislativas. Dep. Marx Beltrão (PP-AL)
Marx Beltrão: compensação deve vir de tributos sobre apostas em bets e sobre os bancos

Compensação
O deputado Marx Beltrão (PP-AL) defendeu que a compensação pela redução do Imposto de Renda saia de mais impostos para as apostas de quotas fixas (bets) e os bancos, não para empresas. “Todas as vezes que as grandes empresas têm os seus impostos aumentados, elas aumentam o valor dos seus produtos e dos seus serviços. Portanto, temos que ter muito cuidado com essa narrativa”, declarou.

Para o deputado Rafael Simoes (União-MG), não há capacidade para o empresariado brasileiro pagar mais impostos e sustentar a isenção. “Quem vai pagar essa conta é aquele que sempre paga, a classe média e o próprio pobre, porque isso vai reverter novamente para eles, com custos maiores.”

O deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) se posicionou contra a taxação de lucros e dividendos para viabilizar a isenção do imposto. “Tributar lucros e dividendos é sacrificar o empreendedor, que já paga muito imposto neste país”, afirmou.

Críticas
O deputado Bibo Nunes (PL-RS) classificou a medida como “populista”, apesar de concordar que seja necessária. “É só jogada política, clientelismo, por que Lula não apresentou isso no primeiro ano [de governo]?, questionou.

Na opinião do deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR), a proposta é uma medida eleitoral, mas sem reparo estrutural. “Isso resolveu o problema do imposto dos pobres? Não. O pobre continua pagando a mais alta carga tributária do mundo. Isso é enganação. É uma peça de campanha política. Não tem nada a ver com a reestruturação do sistema de carga tributária sobre os pobres”, criticou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Pit Bull mata Pinscher e fere tutora do cãozinho em Birigui

Pinscher não resistiu ao ataque do Pit Bull (Foto: Foto: Igor Piva dos Santos/Arquivo pessoal/TV Tem)

A Polícia Civil de Birigui (SP) vai instaurar inquérito para apurar as responsabilidades do tutor de um cão da raça Pit Bull, que atacou e matou outro cão da raça Pinscher, caso ocorrido no início da noite de segunda-feira (29), no bairro Cidade Jardim.

A tutora do cão de pequeno porte foi derrubada durante o ataque e precisou ser levada para atendimento médico no pronto-socorro municipal. Ela contou à polícia que como de costume, caminhava com “Teddy” pela avenida Vitória Régia.

Quando passava na frente de uma residência, o morador, um homem de 74 anos, teria aberto o portão, deixando o Pit Bull escapar. A mulher disse que ao ver o animal correndo na direção dela, ela puxou Teddy para o alto, pela guia, na tentativa de evitar o ataque.

Porém, o Pit Bull também pulou sobre ela, vindo a derrubá-la no asfalto. Na sequência, ele avançou sobre o Pinscher, que não sobreviveu ao ataque.

Ainda de acordo com a vítima, na queda que sofreu ao ser atacada pelo Pit Bull ela bateu as costas no chão e ficou desorientada. Foi necessária a ajuda de populares para ela conseguir voltar para casa, onde foi atendida por uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros e levada ao pronto-socorro municipal. Por enquanto não há informações sobre o estado de saúde dela.

Os policiais militares que atenderam a ocorrência falaram com o tutor do Pit Bull. Ele alegou que ao abrir o portão de casa, não percebeu a presença do animal próximo ao portão. Ainda de acordo com ele, o animal teria passado entre as pernas dele e conseguido ir para a rua, no momento em que a vítima passeava com o Pinscher, que não resistiu ao ataque.

Ainda de acordo com o que foi relatado à polícia, um filho do tutor do Pit Bull disse que esteve na casa da vítima, quando ela já estava em atendimento médico no pronto-socorro. Em conversa com o marido dela, os tutores do Pit Bull teriam se comprometido a ajudar no que for preciso.

O caso foi registrado como omissão cautela na guarda/condução animais, lesão corporal e maus-tratos a animais, em função da morte do Pinscher.:hoje mais

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Presidente da Conafer é preso em flagrante pela CPMI do INSS Fonte: Agência Senado

O presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, foi preso em flagrante na madrugada desta terça-feira (30), enquanto prestava depoimento à CPMI do INSS. Ele negou envolvimento em fraudes nos descontos de aposentados, mas afirmou desconhecer detalhes de operações de pessoas e empresas ligadas à entidade, investigadas por irregularidades. Segundo o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), Lopes mentiu ao colegiado, mesmo após ter se comprometido a falar a verdade.

— Ele mentiu deliberadamente à CPMI. Ele tentou de todas as maneiras nos convencer de que se tratava de uma operação perfeitamente legal e correta. Não é, nós sabemos muito bem que isso é lavagem de dinheiro, dinheiro dos aposentados — afirmou.

Segundo Viana, o presidente da Conafer ocultou informações e tentou convencer o colegiado de que a operação era regular. Ao agir dessa forma, Lopes teria cometido crime de falsidade ideológica. O pedido de prisão havia sido feito pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), alegando que Carlos Roberto Ferreira praticou o crime de falso testemunho pelo menos quatro vezes ao longo da oitiva.

— Sei que nossa voz de prisão se repetirá, a pessoa será ouvida e liberada, mas há um grito na garganta de todos os brasileiros em relação a essa impunidade…. O senhor está preso em nome dos aposentados, viúvas e órfãos do Brasil e aqui quem mente paga o preço — afirmou Viana.

O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), informou que pedirá a prisão preventiva de Lopes ao encarregado do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro André Mendonça, já nesta terça-feira. Os parlamentares entendem que a prisão preventiva é urgente, pois haveria perigo de fuga da testemunha e de que o dinheiro não seja encontrado para ressarcir os cofres públicos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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