Vereador de Birigui propõe receber salário mínimo

Buchalla diz que redução de subsídio dele traz economia de R$ 155 mil

Buchalla diz que redução de subsídio dele traz economia de R$ 155 mil

O vereador José Luís Buchalla (PRP) protocolou na Câmara de Birigui, na quarta-feira (7), um pedido de renúncia ao seu atual salário de R$ 5.609,10 para receber apenas um salário mínimo (R$ 954). A solicitação é uma proposta de economia para a Câmara alternativa à redução do número de parlamentares.

A sugestão foi feita por Buchalla durante a discussão da diminuição de cadeiras do Legislativo local, realizada na noite de terça-feira (6). “Hoje, estou aqui nesta tribuna e renuncio o meu subsídio. Quero receber um salário mínimo de subsídio. Peço essa economia. Não que a representatividade do povo seja diminuída”, afirmou Buchalla.

Segundo Buchalla, o corte no seu salário vai representar uma economia de R$ 155 mil no fim de seu mandato. Ele falou que não voltará atrás no pedido e que esse dinheiro lhe fará falta, pois utiliza seu carro particular para seu trabalho como vereador. “Estou fazendo esse sacrifício para a população de Birigui, para que realmente nós possamos economizar, mas de outra forma”, comentou Buchalla.
Já o vereador José Fermino Grosso (DEM) disse que não voltará atrás e era favorável ao projeto, do qual é um dos autores. Ele afirmou que não renunciará ao seu salário e que essa atitude não vai ajudar a cuidar da população de Birigui.

“Não trabalho de graça. Não dou meu salário. Eu faço uso do meu dinheiro e não é pouco não”, assinalou o democrata.

Fermino disse que queria receber apenas 20% do montante com o qual ajudou a população do município em troca de toda a remuneração que recebeu desde que entrou na Câmara, em 2004.  Ele disse que já houve um tempo em que pessoas trabalharam no Legislativo sem receber. Porém, o democrata falou que se isso ocorrer hoje a Casa vai acabar virando “uma bagunça”, ou seja o vereador pensa que ser vereador é profissão e não representação política.

Em países com a melhor qualidade de vida do mundo como Dinamarca ou Noruega os representantes populares da categoria recebem o salário mínimo, afinal estão ali para representar a população e a democracia e não para lucrar. Quer ter lucro? Abre uma empresa. Vereança não tem que ser carreira de ninguém.

Fonte: Folha da Região.

Share Button
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...