Teorias ao redor da morte do ministro Zavaski

Após a morte do ministro Teori Zavascki e de mais quatro pessoas na queda de um avião no litoral do Rio de Janeiro, na tarde de quinta-feira (19), várias questões sobre o acidente foram levantadas em redes sociais. Muitas destas perguntas e “teorias da conspiração” são baseadas em informações incorretas e já podem ser descartadas. Outras apontam circunstâncias que ainda são investigadas.

Teori Zavascki durante sessão no plenário do Superior Tribunal de Justiça (STF), em Brasília, em março de 2015 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/Arquivo)

Teori Zavascki durante sessão no plenário do Superior Tribunal de Justiça (STF), em Brasília, em março de 2015 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/Arquivo)

A Infraero informou que a aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, na capital paulista. O avião é de pequeno porte e tem capacidade para oito pessoas. A queda ocorreu por volta das 13h45, quando o bimotor estava a 4 km de distância da pista do aeroporto da cidade fluminense.

O Ministério Público, a Polícia Federal e um órgão de investigação da Aeronáutica apuram as causas do acidente.

A Polícia Federal iniciou, em Paraty (RJ), buscas por câmeras de segurança que tenham feito imagens da queda do avião em que estava o ministro Teori Zavascki. A PF também quer imagens dos minutos que antecederam o acidente.

Uma mensagem postada em maio de 2016 por Francisco Prehn Zavascki, filho de Teori, voltou a circular nas redes sociais após a morte do ministro. Ele citou “movimentos para frear a Lava Jato” e falou da possiblidade de “algo acontecer com alguém da minha família”.

Mensagens em redes sociais dizem que Teori Zavascki estaria levando na aeronave vários documentos da Lava Jato e o acidente teria feito que estes papeis também tenham se perdido, prejudicando o processo. Esta informação não tem nenhuma confirmação em fontes oficiais. Nem as buscas indicaram que foram encontrados ou podem haver documentos no mar e nem o STF disse que documentos foram perdidos.

O site Jet Photos, que tem um banco de imagem de aeronaves, indica que uma foto do Hawker Beechcraft King Air C90 foi acessada quase duas mil vezes no dia 3 de janeiro. O número de acessos foge da média dos dias anteriores, de 0 a 3 cliques. Porém, trata-se apenas de um site de fotos, que não indica deslocamentos passados nem futuros das aeronaves. Por isso, não faz sentido dizer que o alto número de acessos indica que alguém estivesse “seguindo” a aeronave. Também não faz sentido dizer que os acessos visavam a conhecer detalhes técnicos do avião, porque o modelo é altamente conhecido no mercado. Para a PF, a possibilidade é que no dia tenha havido algum anúncio ou alguma promoção de voo. Esta tabela está sendo muito compartilhada em redes sociais sugerindo que o avião estava sendo monitorado para uma suposta sabotagem.

Há também um diálogo entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Veja o que eles disseram:

MACHADO – Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.

JUCÁ – Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara… Burocrata da… Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].

Aguardemos o esclarecimento do caso.

Fonte: G1.

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