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Maioria dos acidentes com morte em Birigui é com moto

Cruzamento da avenida Geracina de Menezes Sanches com a rua Dona Augusta Sanches: duas mortes em cinco dias

Cruzamento da avenida Geracina de Menezes Sanches com a rua Dona Augusta Sanches: duas mortes em cinco dias

A motocicleta foi o veículo que mais matou pessoas em acidente no trânsito de Birigui nos últimos três anos. Levantamento feito pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, programa do governo estadual, apontou que no acumulado entre janeiro de 2015 e outubro de 2017, 54 perderam a vida no trânsito da cidade calçadista, sendo 18 em acidentes com motocicletas.

De janeiro a outubro deste ano, foram 16 mortes em acidentes de trânsito na cidade, sendo cinco delas, com motocicletas. Ainda conforme o levantamento do órgão, dos 16 acidentes com morte, seis deles ocorreram na sexta-feira e a maioria das ocorrências foi registrada entre as 18h e 24h; 93,75% das vítimas eram do sexo masculino. No período de janeiro a outubro de 2015, dez pessoas morreram em acidente de trânsito; em 2016, foram 17, um a mais do que no ano passado.

Em apenas cinco dias, três pessoas – dois jovens e uma mulher – morreram com este meio de transporte. Dois dos acidentes foram na avenida Professora Geracina Sanches Menezes. O primeiro caso ocorreu no dia 27 de dezembro, quando Sirlei Mariano Rodrigues, de 43 anos, morreu após uma colisão na avenida Nove de Julho, no bairro Novo Jardim Stábile.

Ela seguia com uma motoneta Biz pelo lado direito da avenida, no sentido bairro/Centro, enquanto um carro, conduzido por um rapaz de 26 anos, seguia atrás dela e de outro automóvel. Ele teria dado sinal e entrou na faixa esquerda para ultrapassar o carro e a motoneta, porém, Sirlei teria também passado para a mesma faixa da via, entrando na frente do carro.

As marcas de frenagem no chão e a posição dos veículos indicaram que o motorista do carro tentou desviar da motoneta, encostando o automóvel no canteiro central da avenida, mas, mesmo assim, acabou colidindo na lateral esquerda da Biz. A vítima caiu sobre o para-brisa do automóvel e o capacete saiu. A mulher caiu no chão e sofreu traumatismo craniano.

Dois dias depois, o jovem Leonardo Goulart, de 19 anos, cruzava a avenida Professora Geracina de Menezes Sanches em uma motocicleta, quando colidiu com um automóvel HB20. O motorista do veículo, um psicólogo, de 34, disse a Polícia Militar que o motociclista estaria em alta velocidade. Ele chamou o Resgate do Corpo de Bombeiros, que socorreu a vítima, encaminhado-a ao pronto-socorro, porém Goulart não resistiu.

Na madrugada de segunda-feira (1º), o estudante Bruno Lopes, de 20 anos, morreu após colidir a moto que pilotava em um carro, no cruzamento da avenida Geracina de Menezes Sanches com a rua Dona Augusta Sanches, no bairro Vale do Sol. A vítima, segundo a Polícia Militar, supostamente em alta velocidade, colidiu na lateral do veículo, após o motorista do automóvel invadir a preferencial. Lopes foi socorrido, mas faleceu antes de dar entrada no pronto-socorro.

Em maio de 2015, a avenida Professora Geracina Sanches Menezes, recebeu a instalação de dois redutores de velocidade. A implantação ocorreu 45 dias após a aposentada Leonor Pineda Lacerda, de 71 anos, morrer atropelada na via em 12 de abril. Ela voltava de uma igreja no momento da tragédia.

O acusado de dirigir o carro que atingiu a vítima, um auxiliar de escritório de 24 anos, teria fugido sem prestar socorro. Na época, uma testemunha contou aos PMs que o jovem estaria embriagado e, durante o trajeto, andava em zigue-zague e fazia manobras perigosas. Ele se apresentou, dias depois, na delegacia e responde ao processo em liberdade.

A reportagem do Portal Noroeste SP apurou que muito foi gasto com sinalização em locais desnecessários durante os últimos anos e que é preciso uma reestruturação do trânsito na cidade para evitar mais tragédias.

Fonte: Folha da Região.

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