Arquivo da tag: nascimento

Nascimento

O povoado de Birigui nasceu do espírito empreendedor de Nicolau da Silva Nunes, morador da cidade de Sales Oliveira, que teve conhecimento, através de um noticiário de jornal, do futuro promissor da região de Araçatuba e Penápolis, cortada pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e entre os rios Tietê e Aguapeí.
Acompanhado de Manoel Bento da Cruz, já proprietário de terras na área, entusiasmou-se com as perspectivas agrícolas e acabou por adquirir deste, 400 alqueires de terras, bem próximas da ferrovia.
Retornou a Sales Oliveira, onde, mediante intensa promoção, convenceu um grupo de dezessete conterrâneos a acompanha-lo aos sertões e acabou por adquirir lotes de terras a serem desbravadas, conquistadas dos antigos habitantes, os índios “coroados”. Apesar do receio dos compradores, convenceu-os a se estabelecerem na nova frente.
Em 7 de dezembro de 1911 foi fundado o povoado de Birigui, que em tupi corresponde a um pequeno mosquito, abundante na região, o “mosquito pólvora”.
Em terreno doado pelo fundador, Nicolau da Silva Nunes, com a colaboração de Luiz Stábile e Gentil Coelho, foi construída, em 1917, a primeira capela, em louvor ao padroeiro Santo Ambrósio, alterado em 1922, com a construção da nova Igreja, para Imaculada Conceição, santa do dia da fundação.
Birigui foi elevado a Distrito de Paz em novembro de 1914, e em dezembro de 1921, a Município.
Paralelamente ao desenvolvimento da cidade, o colonizador Manoel Bento da Cruz, proprietário de 30.000 alqueires de terras associou-se à Companhia de Terras, Madeiras e Colonização de São Paulo, loteando o latifundio em pequenas glebas, que foram vendidas a agricultores, mediante promoção comercial escrita em português, italiano e espanhol.

O Aniversário de Birigüi é comemorado em 08 de Dezembro
A grafia correta da cidade é Birigui, “com trema na letra “U”. A cidade, entretanto, também é conhecida como “Cidade Pérola”. Este outro nome foi dado por um jornalista de São Paulo, que veio a Birigüi em 1.934. Na visita fez uma crônica social do aniversário do Senhor Roberto Clark, “desta Pérola da Zona Noroeste”, foi a primeira expressão. Segundo consta, a publicação aconteceu em um jornal birigüiense, famoso da época, “O Maribondo”.

Com a chegada de várias famílias, compradores de terras e agregados, começa a crescer o vilarejo, que tem Santo Ambrósio por padroeiro. Matas são derrubadas e constrói Silva Nunes a primeira casa, em área de encontro hoje das ruas Silvares, ex-Tiête, com a rua dos Fundadores. A esse tempo, três vezes por semana, um trem da Estrada de Ferro Noroeste, que lançara seus trilhos em 1.908, faz parada na Chave de Birigüi enfrentando não raro o ataque dos índios. Em 1.912, conseguida por Rondon a paz com os caingangues, é fundada pelo coronel Manoel Bento da Cruz, proprietário de 30.000 alqueires de terras entre Birigüi e Araçatuba, a Companhia de Terras, Madeiras e Colonização de São Paulo, cujo plano de povoamento se constituiria numa das principais forças do progresso do futuro município.

As primeiras estradas de rodagem são abertas pela Companhia, com 700 Km de penetração. Nessa época possuía Birigüi apenas 30 ou 40 casas, quase todas de pau-a-pique. Esse número subiria a mais de 200, dois anos mais tarde, a maior parte de tijolos e cobertura de telhas, contando-se em torno de 1.000 o número de habitantes. Em 1.913, oito anos antes da formação como município, já se delineava a planta de Birigüi, por iniciativa da Prefeitura de Bauru, de que era titular recém-eleito o coronel Manoel Bento da Cruz.

Os primeiros moradores

Os primeiros moradores de Birigüi, em grande parte, fincaram raízes no Município e suas famílias hoje, são as chamadas tradicionais da cidade, incluindo-se aí as famílias fundadoras, como os Silva Nunes, os Moimás, entre outros. Figuram entre os primeiros moradores os fundadores e os primeiros compradores de terras. A família Silva Nunes vêm do fundador, Nicolau da Silva Nunes. Também figuram Francisco Galindo de Castro, Manoel Bento da Cruz, Francisco Martins Archilla (conhecido como Francisco Romero), Antonio Simões, Faustino Segura, Lucas Scarpin, Ricardo Del Nery, João Galo, França Contel, José Fonzari, Roberto Clark, entre outros. A Senhora Antônia Real Dias, esposa de Galindo de Castro, foi a primeira mulher a pisar em solo biriguiense.

Fonte: Câmara Municipal

Share Button
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...