A Polícia Civil de Araçatuba deve instaurar inquérito para apurar o desaparecimento de um par de brincos cravejados em diamante que era usado por uma paciente que morreu em um hospital particular da cidade, no início deste mês. A joia, que não teve o valor comercial divulgado, não foi devolvida aos familiares, que registraram um boletim de ocorrência de furto.
O advogado Mário Henrique Bacala Ribeiro, 53 anos, é filho da proprietária dos brincos. De acordo com ele, o hospital reconhece o desaparecimento das peças, alegando que elas podem ter sido jogadas no lixo, e apenas se desculpam pelo ocorrido. Por isso, a família pretende mover uma ação contra a instituição.
Ele cita no boletim de ocorrência que a mãe dele, de 78 anos, passou mal na madrugada do último dia 3 e foi levada de ambulância ao hospital. Após ser avaliada por um cardiologista, ela foi internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Ribeiro e o pai dele visitaram a paciente na manhã daquele dia e constataram que ela usava os brincos cravejados de diamantes, presente dado pelo marido em data especial. A família foi comunicada sobre a morte por volta das 16h daquele mesmo dia e os objetos pessoais dela foram entregues a uma prima do advogado, que estava no hospital.
A prima de Ribeiro foi questionada e disse que as joias não foram entregues. O advogado imediatamente telefonou para o hospital e foi atendido pela enfermeira-chefe da UTI, que relatou que havia um par de brincos sobre o monitor. Ele foi ao hospital em seguida e lhe apresentaram um par de brincos que não era o usado pela mãe dele. “Eu nem quis pegar os brincos, pois não eram os da minha mãe”, contou.
Ribeiro foi levado à recepção do hospital, onde tentaram contato telefônico com a enfermeira que atendeu a paciente, mas ela não foi localizada. Como o enterro aconteceu no dia seguinte, o advogado retornou ao hospital na terça-feira (5), pediu o prontuário de atendimento da mãe dele e explicou o ocorrido.
Fonte: Folha da Região