Situação da saúde no país ainda é precária

Apesar das boas indicações de PIB, o Brasil ainda está em condições vergonhosas de atendimento ao público no setor da saúde. Ontem, dia 23 de agosto, em Belém, capital do Pará, uma grávida chamada Vanessa sentiu  dores desde as 3h da madrugada. Ela e seu marido, o auxiliar de cozinha Cícero, tomaram um ônibus que depois de cerca de uma hora e meia, os deixaram à porta da Santa Casa, onde Vanessa, que tem lúpus, era acompanhada na gravidez de risco de gêmeos, o relato não persuadiu o porteiro. Ele foi orientado a não deixar mais ninguém entrar porque não havia leitos.

O casal se dirigiu ao Hospital das Clínicas, em outro bairro da capital. Ouviu a mesma explicação e, sem ter para onde ir, ficou na calçada por hora e meia. Como o quadro se agravou, o serviço de resgate dos Bombeiros foi acionado e levou Cícero e Vanessa para a Santa Casa novamente.

De acordo com o auxiliar de cozinha, a bolsa de água da esposa estourou quando ela estava na ambulância em frente à Santa Casa, mais uma vez sem qualquer análise de profissionais dos hospitais. Um dos bebês nasceu morto.

A situação levou a equipe de plantão a permitir a entrada da grávida, mas o parto da segunda criança dentro do hospital não conseguiu salvá-la.

“Foi negligência, estou falando. Há vinte dias, o médico disse que estava tudo saudável. A gente quer justiça. Comprei tudo para eles, já estava só esperando. Agora vou chegar e encontrar só as roupinhas”, disse.

A diretora da Santa Casa foi afastada e uma investigação está sendo feita através do estado do Pará. No entanto, os gêmeos não voltarão a nascer. É preciso mudanças na saúde, urgente.

 

Recusada na Santa Casa de Belém, mulher perdeu os gêmeos

 

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