Satélite brasileiro se perdeu

O satélite sino-brasileiro CBERS-3 pode estar perdido no espaço. Cientistas do Brasil e da China não conseguiram estabelecer comunicação com o satélite Cbers-3, lançado na madrugada desta segunda-feira (9) da base chinesa de Taiyuan, a 760 km de Pequim, e já trabalham com a possibilidade de perda do equipamento, que custou R$ 160 milhões ao governo brasileiro.

O Brasil investiu R$ 270 milhões na construção do CBERS-3, que é uma peça fundamental do programa espacial brasileiro, que sofrerá um golpe fortíssimo caso o satélite seja perdido. A suspeita é que teria ocorrido uma falha no foguete que levou o satélite ao espaço, modelo Longa Marcha 4B (ou Chang Zheng 4B, na denominação chinesa). A construção do satélite é uma parceria entre o Brasil e a China, na qual cada país é responsável por 50% do projeto; mas o lançamento é 100% de responsabilidade da China. O lançamento aconteceu três anos após a data prevista inicialmente pelo Inpe, que desenvolveu o projeto em parceria com a Cast.

O Cbers-3 tem quatro câmeras, de diferentes resoluções e capacidade de captação, responsáveis por coletar imagens com maior qualidade de atividades agrícolas e contribuir com o monitoramento da Amazônia, auxiliando no combate de possíveis desmatamentos ilegais e queimadas – foco de projetos ligados também ao Ministério do Meio Ambiente, como o Prodes e o Deter.

O Inpe chegou a publicar uma nota durante a madrugada anunciando que o lançamento havia sido um sucesso. Os técnicos brasileiros que acompanharam o lançamento remotamente, via teleconferência, do centro de controle de satélites do instituto em São José dos Campos (SP), comemoraram quando o painel solar do satélite foi aberto, e foram para casa achando que estava tudo bem. Eles também, agora, aguardam informações do centro de controle chinês, que está 10 horas à frente do Brasil.

Fonte: Estadão

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