Região sob ataque: bandidos trocam tiros com a polícia e até Rondon é fechada

Pela manhã moradores observavam os estragos da madrugada.

Durante o período da “saidinha’, quando presos são soltos para passar feriado fora da cadeia, no dia de hoje: um policial civil foi assassinado de madrugada durante um assalto à Protege de Araçatuba, empresa responsável por transporte de valores com sede no bairro Santana. Em uma ação realizada por uma quadrilha fortemente armada, bandidos também dispararam contra o quartel do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior) de Araçatuba e até atearam fogo em dois caminhões particulares para evitar que viaturas deixassem o local.

Os militares ficaram sitiados, sem qualquer comunicação via rádio, pois o fogo dos veículos atingiu a rede elétrica, deixando o local no escuro. O quarteirão em volta foi isolado. Moradores nas proximidades ficaram aterrorizados com o barulho de tiros e rajadas de metralhadora.

Duas mulheres teriam sido feridas por balas perdidas. Uma delas foi atingida no abdome e outra no pé.

Bandidos atearam fogo em veículos.

O policial assassinado, André Luís Ferro da Silva, seria morador das proximidades do CPI-10 e teria ido ao local para averiguar o que estava acontecendo, quando foi baleado pelo ocupante de uma caminhonete. Ele era integrante do GOE (Grupo de Operações Especiais) e deixou esposa e duas filhas menores de idade. Silva ainda foi socorrido com vida, mas morreu enquanto era atendido na Santa Casa.

Os bandidos estariam usando granadas para conter os policiais e fuzis ponto 50 (antiaéreo). Para abrir o cofre da Protege, na rua Dona Ida, teriam usado dinamite. Alguns bandidos estariam, inclusive, na Emeb Francisca Arruda Fernandes, que fica nas proximidades, disparando contra os policiais sitiados.

Aquadrilha seria formada por quatro grupos, atuando ao mesmo tempo em uma ação planejada. Um dos grupos ficou na Rondon, nas proximidades da Polícia Militar Rodoviária, fechando a rodovia; outro teria fechado trecho da avenida Waldir Felizola de Moraes, perto do quartel; o terceiro atacou o quartel e o quarto, a Protege.

Vários explosivos foram encontrados em um caminhão abandonado próximo à Protege. O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), um grupamento de operações táticas especiais da PM na Capital, deve chegar a Araçatuba pela manhã.

O barulho dos tiros podia ser ouvido a distância, assustando toda a população da cidade. O ataque começou justamente no encerramento do turno da Força Tática, por volta de 1h15. O trânsito pela rua do Fico foi bloqueado. Até a entrada para Araçatuba pela rodovia Marechal Rondon  (SP-300) e pistas secundárias foi impedida por policiais militares rodoviários. Foi fechada também a entrada em Birigui. Outro ponto bloqueado em Araçatuba foi a ponte Pio Prado, sobre o rio Tietê.

Com o quartel às escuras e sem a ajuda do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), os policiais passaram a se comunicar por celulares. Policiais de Bauru e Marília também foram mobilizados.

Por volta de 4h20, mais de 150 PMs estavam nas ruas de Araçatuba. Todos os militares de folga foram acionados.

Prédio foi explodido por bandidos.

Um motorista de 29 anos foi rendido no pátio de um posto de combustíveis às margens da Rondon. Dois homens, com armas longas, se aproximaram e entraram no veículo.

Ameaçado, o motorista foi obrigado a interditar a rodovia no quilômetro 522. Após colocar o caminhão atravessado na pista, ele foi liberado pelos criminosos e correu para uma plantação de cana-de-açúcar.
Vários áudios divulgados em grupos de Whatsapp mostravam o drama enfrentado nesta madrugada por policiais e moradores. “Estão metendo bala, jogando bomba. É tiro para todo lado; dá para ver o rastro da bala no céu”, narra um deles. “É cena de filme. O pronto-socorro (que fica próximo da Protege) está apagado; todo mundo pra dentro, deitado no chão.”

“Tem uns 100 carros de polícia entre Araçatuba e Birigui”, afirmava um dos áudios. “Os caras (motoristas) todos voltando na contramão. Tive que voltar também.”

Um crime assustador, que tirou a vida de um trabalhador e pôs em risco a vida de toda a população da região.  Provavelmente os bandidos nem são da região, mas devido ao grande número de cadeias, que foram implantadas em nossa região para receber bandidos de fora, muitas organizações criminosas passaram a conhecer Araçatuba, Birigui e arredores. O governo deveria trazer parques ecológicos, escolas e empreendimentos que trouxesse empregos para a região e não bandidos para nossas cidades.

 

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