O leilão de privatização de três dos aeroportos mais movimentados do país surpreendeu o governo, ao levantar R$ 24,5 bilhões, 348% acima do preço mínimo. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse que o ágio mostrou que o país é um ambiente seguro para o investimento.
O presidente da Invepar que arrematou o aeroporto de Guarulhos, Gustavo Rocha, disse que jogou para ganhar e que fez estudos por oito meses com mais de cem pessoas para chegar aos R$ 16,2 bilhões oferecidos. O valor foi tão alto que o aeroporto não teve novos lances.
O presidente da Triunfo, Carlo Bottarelli, apesar de reconhecer que as ações de sua empresa caíram 6% após conquistar o aeroporto de Viracopos lembrou que o ágio pago pelo aeroporto foi o menor dentre os três ofertados:
Os consórcios que venceram nesta segunda-feira o leilão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília confirmaram que irão utilizar recursos do BNDES para financiar o negócio. Os três grupos vencedores vão pagar R$ 24,5 bilhões pela concessão. O apoio do BNDES está limitado a 80% do investimento total e 90% dos itens financiáveis, de acordo com suas políticas operacionais. O banco aprovou as condições em janeiro.
Os aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Brasília terão prazo de 15 anos. O aeroporto de Campinas terá financiamento de 20 anos.
A administração dos aeroportos deve ser transferida aos consórcios vencedores no início de maio. Segundo os consórcios vencedores, os usuários devem começar a sentir as mudanças de gestão até o fim do ano.
Esperamos que a privatização não torne ainda mais caro para os brasileiros viajarem e ofereça mais segurança para nossos viajantes, já que até funcionários dos aeroportos foram presos por furtarem objetos das malas no momento de translado.