Possível caso de pedofilia em Bauru choca o interior paulista

Desde o ínicio da semana a cidade de Bauru e até mesmo todo o país estão chocados com o possível caso de pedofilia envolvendo um famoso advogado da cidade:

A Delegacia da Mulher de Bauru,  pediu à Justiça a prisão de um advogado da cidade investigado por abusar sexualmente de três meninas da sua família. Sandro Luis Fernandes, tem 45 anos e foi candidato a prefeito de Bauru pelo PSTU nas eleições de 2004 e tentou por duas vezes, 2000 e 2008, uma vaga na Câmara de Vereadores. Na última vez foi o nono candidato mais votado (2.519 votos), mas perdeu por conta do PSTU não ter atingido o número mínimo de votos.
Atualmente, ele é dono de um conceituado escritório de advocacia e trabalha para os sindicatos dos Servidores Público Municipais e dos Bancários.
Sandro estava de férias na Europa no momento da denúncia.
De acordo com a denúncia, o advogado teria mantido contatos íntimos com três meninas, uma que hoje tem 14 anos e outras duas que estão com 18. A filha de Sandro Fernandes relata que sofreu abusos sexuais dos 8 aos 16 anos. Atualmente, ela tem 18 anos. O mesmo aconteceu com a cunhada, que teria sofrido abusos quando tinha 10 anos. Hoje, ela também está com 18 anos. A terceira vítima, a sobrinha, teria sido abusada quando ia visitar os parentes em Bauru. A família dela mora em Curitiba e os abusos teriam acontecido quando ela tinha entre 9 e 10 anos. Atualmente, ela tem 13.

Segundo a cunhada de Sandro, que agora tem dezoito anos: “Ele só me apalpava quando eu estava dormindo. Senão ele só se exibia”, conta a cunhada. “Eu pensava que era só comigo”, completa. Ainda segundo os relatos, em nenhum momento houve penetração com as vítimas.

Ele teria obrigado elas a fazer sexo oral e tocar o pênis dele. Também teria manipulado os genitais o filho de 9 anos e, nas palavras da vítima, feito “xixi branco” sobre os pés dele.

A esposa de Sandro teria conhecimento dos abusos sofridos pela filha, mas nunca denunciou Sandro à polícia. A decisão de procurar ajuda foi tomada agora por conta da viagem dele à Europa, e porque segundo a filha e passou a atacar seu irmão, filho de Sandro, de nove anos de idade.

Sandro Fernandes

Fernandes responde a inquérito por estupro contra quatro pessoas de sua família. Mas, como os abusos contra três delas teriam ocorrido quando a figura jurídica de atentado sexual ainda existia, a punição a ser aplicada é de 6 a 10 anos de prisão por cada um dos crimes. Já o estupro de vulnerável, supostamente cometido pela última vez em agosto contra o garoto de 9 anos, prevê de 8 a 15 anos de prisão.

A mulher de Sandro, mãe dos dois filhos dele e que teria sido conivente com o caso, também foi intimada para depor. Segundo a delegada que cuida do caso, Priscila Bianchini de Assunção Alferes, ela será ouvida já na condição de investigada e não mais na condição de testemunha. “Há indícios fortes de que ela teria sido conivente”, explica Priscila. Caso seja comprovada a omissão da mãe das vítimas, ela poderá ser indiciada como coautora do crime e está sujeita às mesmas penas do autor.

O filho de Sandro teria contado sobre os abusos para a irmã e para a tia, que cuida dos dois, quando elas tentavam explicar para ele o que era pedofilia e como podia acontecer na família. “Meu pai faz isso comigo, eu não sabia que era crime”, teria relatado às duas.

No dia 1 de setembro foi registrado o boletim de ocorrência na DDM, que foi mantido em sigilo. No último dia 26, as vítimas resolveram convocar a imprensa e dar detalhes dos fatos.

 

 

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