Polícia prende bandidos que aterrorizaram a região

PHA e Gabas
Vinte e duas pessoas investigadas por envolvimento no assalto à empresa de transporte de valores Protege, em Araçatuba, foram presas ontem em uma megaoperação coordenada pela Delegacia Seccional de Araçatuba. Um dos detidos é acusado de ter executado o policial civil André Luís Ferro da Silva, 37 anos, durante a ação criminosa.

A operação para cumprimento de 171 mandados judiciais foi denominada Homem de Ferro, em alusão ao policial assassinado. Para o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Paulo Natal, que participou diretamente das investigações e de cumprimentos de mandados, identificar e prender os autores dos crimes era uma questão de honra.

“O André faleceu, e toda a cidade de Araçatuba ficou aterrorizada, porque fizeram (os bandidos) um estado de guerra aqui e colocaram em risco muitas vidas. Então, para nós essa resposta era importante”, comentou. De acordo com ele, o fato de todos os envolvidos estarem encapuzados durante a execução foi um dos motivos que dificultou a investigação, que durou oito meses.

O assalto ocorreu em 16 de outubro, e a maioria dos investigados teria relação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Além disso, a investigação mostrou que a quadrilha era dividida em subgrupos, cada qual com sua respectiva função.

Havia os responsáveis por trazer os veículos usados no crime; outro grupo por explodir o prédio para acesso ao cofre; e os executores do assalto, que portando armas pesadas bloquearam as ruas para evitar a chegada da polícia.

Dos 24 mandados de prisões temporárias expedidos pela Justiça, dois foram para moradores em Birigui. Segundo o delegado, os suspeitos não tiveram participação direta na ação, mas teriam sido os responsáveis por alugar uma casa perto da sede da Protege, no bairro Santana.

Eles também teriam auxiliado informando a rota de fuga para os ladrões. A polícia chegou até eles após encontrar um rancho em Juritis, distrito de Glicério, que teria sido usado pela quadrilha. O local foi periciado um dia depois do assalto, e foram encontrados vestígios do crime.

Para a polícia, entre 25 e 30 pessoas participaram direta ou indiretamente do assalto. Os criminosos teriam ficado pelo menos um mês na casa alugada perto da Protege, e faltando cinco dias eles foram para o rancho.

 

Fonte: Folha da Região.

 

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