O cão da raça Pit bull que foi baleado no focinho em disparo feito por um policial militar durante atendimento a uma ocorrência na tarde de sábado (28), em Araçatuba (SP), será submetido a cirurgia. O procedimento deverá ser feito em um hospital público para onde o animal foi transferido.
Conforme já publicado, o caso aconteceu na tarde de sábado, quando os policiais atendiam uma ocorrência de desentendimento entre vizinhos, justamente porque o cão ficaria solto na rua, ameaçando atacar pessoas e outros animais.
Segundo a polícia, quando a equipe chegou na frente da residência do tutor do Pitbull, o animal teria surgido na rua, correndo na direção de um dos policiais, que sacou a arma e fez um disparo. Ferido, o animal recuou, fugiu e foi encontrado por outra equipe correndo por ruas do bairro Ipanema.
Ele foi resgatado por equipe do Corpo de Bombeiros e encaminhado para a Clínica Veterinária Pet Care, onde recebeu os primeiros cuidados. O tutor do animal não foi encontrado pela polícia, apenas o pai dele.
A reportagem falou com a médica veterinária Maria Carolina Correa Leite Gimenes de Almeida, que recebeu animal para o primeiro atendimento. Ela explicou que ele foi apresentado com bastante hemorragia, que precisou ser estancada.
Foi realizado procedimento para conter o sangramento e o cão permaneceu internado durante o final de semana, em tratamento. Como o projétil ficou alojado na região da mandíbula do Pitbull, nesta segunda-feira ele foi encaminhado a um hospital veterinário, onde deverá ser submetido a cirurgia.
Entretanto, de acordo com Maria Carolina, por estar com o nível de plaquetas no sangue baixo, o procedimento deverá ser realizado apenas na próxima semana, período necessário para a recuperação. Ainda de acordo com a veterinária, o cão tem a doença do carrapato e ela retirou dezenas de unidades do parasita das orelhas do animal, que aparentemente está saudável.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura, que informou que o cão está na Clínica Meu Pet. De acordo com o que foi informado, até a tarde desta segunda-feira a Unidade de Controle em Zoonoses não havia sido notificada sobre maus-tratos ou pedido de acolhimento do animal.