A USP e a Unesp, retornam às aulas nesta segunda-feira, após cerca de quatro meses de greve.
A greve, uma das mais longas da história das universidades estaduais paulistas, começou no final de maio, em âmbito estadual, quando os docentes e funcionários foram informados pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) que seus salários não teriam aumento. A medida não foi aceita e, desde então, as três universidades estaduais (USP, Unicamp e Unesp) tentavam negociações com o Cruesp.
Inicialmente, um aumento de 9,7% havia sido pedido pelos grevistas. Entretanto, após meses de greve e muitas negociações, os professores e funcionários conseguiram reajuste salarial de 5,2%, divididos em duas parcelas de 2,57%, para o mês de setembro (que será pago em outubro) e para o mês de dezembro (que será pago em janeiro de 2015). O décimo terceiro salário será pago com reajuste integral.
Além do aumento no salário, outras reivindicações foram atendidas no acordo. A primeira delas é o cronograma para o processo de isonomia do vale-alimentação com a Unicamp, atualmente de R$ 850,00. Os docentes e funcionários da Unesp, que recebiam vale de R$ 650,00, conquistaram o aumento gradual em outubro e janeiro, a partir de quando fica garantida a padronização.
Assim como o reajuste de 5,2%, professores e funcionários técnico-administrativos da USP, Unesp e Unicamp receberão abono salarial de 28,6%, correspondente ao acréscimo retroativo nos salários desde a data-base, em maio. O pagamento será feito ainda no mês de setembro, em uma folha complementar.
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) firmou acordo com o Fórum das Seis para continuar negociando junto à Assembleia Legislativa a alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015, de modo que os recursos para financiar as atividades das três principais universidades do Estado possam ser aumentados.
A Unicamp já havia aceitado as propostas de reajuste e abono no último dia 11/09 e retomou as atividades no dia 15.
Mas de fato há anos parece que o governo do estado de São Paulo busca sucatear as universidades, talvez para tentar privatizar, já que há rumores que o governador do estado de São Paulo ganha muito dinheiro com universidades particulares.