O ex-vereador José Fermino Grosso protocolou nesta quarta-feira (8) no Ministério Público em Birigui (SP), pedido para investigação contra a Prefeitura, por ter desativado o tomógrafo que estava em funcionamento no pronto-socorro municipal, que tem o gerenciamento terceirizado.
O Hojemais Araçatuba já publicou matéria sobre a desativação desse tomógrafo, em maio, junto com vídeo feito pelo vereador André Fermino (PSDB), filho de Fermino Grosso, mostrando o equipamento no Centro Médico.
Na denúncia apresentada na Promotoria de Justiça, o ex-parlamentar informa que o tomógrafo foi adquirido com recurso de emenda parlamentar, do deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP).
De acordo com ele, o aparelho que foi instalado no pronto-socorro municipal pertence ao Consórcio de Saúde da microrregião, conforme publicado no Diário Oficial do Estado em 5 de novembro 2014. Assim, seria destinado ao atendimento de pacientes de Birigui e das cidades de Coroados, Clementina, Bilac, Buritama, Santópolis, Brejo Alegre, Gabriel Monteiro e Piacatu.
Ainda de acordo com Fermino Grosso, o tomógrafo teria sido retirado do pronto-socorro sob a justificativa de que estaria quebrado. Disse ainda que manteve contato com o então chefe de gabinete, Alex Brasileiro, que atualmente é o interventor da Santa Casa de Birigui, e solicitou que fizesse o requerimento para liberação da verba para a devida manutenção do aparelho.
De acordo com ele, o valor necessário teria sido disponibilizado, porém, Brasileiro teria informado que não precisava da verba, que teria sido fornecida por outro parlamentar.
O ex-vereador afirma que como o aparelho de tomografia foi levado para o antigo Centro Médico, o município deixou de ter um equipamento do tipo dentro do pronto-socorro. Assim, os pacientes seriam encaminhados para uma clínica conveniada com a Prefeitura, aumentando as despesas com recursos públicos.
No documento protocolado no MP, Fermino Grosso argumenta que o aparelho é tecnicamente novo e não há qualquer laudo da Prefeitura sobre o possível problema ou necessidade de um equipamento moderno para atender a demanda ou outra necessidade especial.
Argumenta ainda que desde que ele foi instalado, em 2016, o tomógrafo agora desativado realizou mais de 40.000 tomografias. Como o custo médio de cada tomografia seria de R$ 500,00, isso teria gerado uma economia média de R$ 20.000.000,00, caso esses procedimentos tivessem sido pagos a outra prestadora de
Por fim, o ex-vereador cita que foi informado que um tomógrafo de uma empresa terceirizada está sendo instalado no pronto-socorro municipal. De acordo com ele, se o aparelho que foi levado para o Centro Médico ficar desativado por mais de um ano, poderá ficar permanentemente inoperante, causando grande prejuízo para o município e região.
Por isso, ele requer ao MP, que solicite à Prefeitura de Birigui que envie um laudo, atestando a atual situação desse tomógrafo e os motivos pelos quais o aparelho foi retirado do pronto-socorro.
a prefeitura não se manifestou quanto as denuncias
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