Câmara aprova repasse de R$ 30 mil para atendimento de autistas

(Foto: Márcio Bracioli/Colaboração)

Projeto foi enviado pela Prefeitura de Birigui após a AMA (Associação de Amigos do Autista) de Araçatuba suspender atendimento a crianças por falta dos repasses

A Câmara de Birigui (SP) aprovou na sessão desta terça-feira (5) projeto de lei do Executivo que
prevê repasse de R$ 30 mil para a AMA (Associação de Amigos do Autista) de Araçatuba. O
]
valor, que virá da Saúde, será dividido em quatro parcelas mensais de R$ 7,5 mil, período de
vigência do convênio.

A entidade oferece atendimento específico com equipe multidisciplinar capacitada e terapias direcionadas ao tratamento de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) da região. No entanto, nesta semana, suspendeu a frequência de cerca de 20 alunos de Birigui por falta do custeio, que não estaria sendo pago há pelo menos dois anos pelo Executivo municipal.

A aprovação do projeto foi unanimidade entre os vereadores presentes – a única ausência na reunião foi do vice-presidente Andre Luis Moimas Grosso, o Andre Fermino (PSDB).

Não faltaram críticas à administração. Segundo o vereador Fabiano Amadeu (Cidadania), que milita pela causa, o problema da falta de repasses começou a ser discutido com o prefeito Leandro Maffeis (PSL) ainda em janeiro, em uma reunião no dia 12, na AMA.

Desde então, segundo o vereador, houve um empurra-empurra, pois uma hora a administração falava que era atribuição da Educação, depois da Saúde, depois do Social. “A Prefeitura esperou a AMA suspender o atendimento para mandar o projeto e ainda mandou errado”, disse. “Não sei por que foram feitas reuniões se não mandaram o pagamento retroativo. Se foi falado em reunião e a Prefeitura concordou com isso, por que não foi feito no projeto?”, completou, chamando o texto em votação de “capenga”.

Outro questionamento que fez foi sobre o período do convênio, já que as crianças não ficarão apenas quatro meses na entidade. Também usou o termo “incompetência” para se referir a atual administração, que deixou o atendimento ser suspenso para só então tomar uma medida.

Wesley Ricardo Coalhato, o Cabo Wesley (PSL), Reginaldo Fernando Pereira, o Pastor Reginaldo (PTB), Wagner Mastelaro (PT), Everaldo Santelli (PV), Osterlaine Henriques Alves (DEM), Paulo Sergio de Oliveira, o Paulinho do Posto (Avante) e Marcos Antonio Santos, o Marcos da Ripada (PSL) também discutiram o projeto.

Pastor Reginaldo disse que está averiguando a informação de que a AMA não vai mais atender as crianças de Birigui e lembrou que a falta de repasse começou na gestão anterior. “Se o anterior não fez os repasses, errou também”, disse o vereador que foi líder do governo de Cristiano Salmeirão na Câmara no início do mandato.

Wagner Mastelaro fez comparação. Quando se tratava do transporte público, segundo ele, a Prefeitura prontamente atendeu o pedido de ajuda financeira.

“AMA não nos deixe. Já basta nossa Prefeitura nos deixando na mão”, pediu Dra. Osterlaine, citando que o prefeito está “brincando” com questões importantes, como a saúde.

Marcos da Ripada lembrou que a função do vereador é fiscalizar e acompanhar, além de buscar recursos para situações como essa.

Fundada em 1999, a AMA possui equipe multidisciplinar composta por fonoaudiologia, terapia ocupacional com integração sensorial, fisioterapia, hidroterapia, psicologia com especialista em ABA, médico neurologista, médico psiquiatra, psicólogo com orientação específica para família, assistente social e enfermeiras.

Oferece tratamento socioeducativo com psicopedagogas e educador pedagogo com trabalho direcionado de acordo com a faixa etária, habilidade/funcionalidade para ABVDs (Atividade Básica e Prática de Vida Diária), projeto de inclusão no mercado de trabalho, laboratório de informática, brinquedoteca, musicoterapia, arte terapia, projeto cão cidadão/Unesp (terapia com animais), horta pedagógica, cozinha pedagógica, jardim sensorial (integração sensorial), educação física especialmente adaptada para pessoa com TEA (futebol, vôlei, basquete, natação e atletismo) e projeto de alimentação onde se trabalha a seletividade alimentar própria da pessoa com autismo.

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