Arquiteta foge de responsabilidade sobre o desabamento

A arquiteta Regina Valmoré, contratada pela TO – Tecnologia Organizacional para projetar a identidade visual que deu origem às obras no terceiro e no nono andares do edifício Liberdade –o mais alto dos três que desmoronaram no centro do Rio de Janeiro disse que não tem ” nada a ver” com o desabamento ocorrido no dia 25/01/2012.


Na última sexta-feira (10), o proprietário da TO, Sérgio Alves, afirmou que a planta do piso foi elaborada por Cristiane do Carmo Azevedo, gerente administrativa da TO. Segundo a assessoria da empresa, porém, o empresário teria “se expressado mal”. A gerente administrativa teria feito apenas “pequenas intervenções decorativas” em relação ao projeto original. Cristiane seria uma espécie de interlocutora entre a firma e os operários, isto é, ela era a responsável por coordenar a logística do projeto. Segundo o pedreiro Alexandro Ferreira da Silva –resgatado com vida após se esconder no elevador do prédio–, a obra do terceiro andar já estava praticamente concluída. Quanto à reforma do nono andar, que havia começado oito dias antes da tragédia, o operário afirmou em depoimento na 5ª DP que “um bloco de gesso foi retirado do teto”, que “tacos foram removidos do chão para instalação de um carpete” e que um banheiro foi “mudado de lugar”.

A testemunha afirmou ainda que nenhuma parede foi quebrada, “exceto a do banheiro”. Na versão de Alves, três paredes de tijolo foram retiradas do nono andar, das quais “nenhuma seria capaz de interferir na base de sustentação do edifício”.

De acordo com o delegado Alcides Alves Pereira, já foram ouvidos o síndico do edifício Liberdade, Paulo Renha, o operário que foi resgatado após buscar proteção no elevador do prédio, Alexandro Ferreira da Silva, e outras 19 testemunhas. Representantes da empresa TO – Tecnologia Organizacional devem prestar depoimento durante a semana, mas ainda não foram intimados.

Desde a última semana, a Polícia Civil evita apontar potenciais causas e possíveis culpados pelo desastre, mas admite que o trabalho de perícia técnica será altamente prejudicado em razão das dimensões do acidente. Segundo o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, “não sobraram partes inteiras, apenas escombros”.
70 bombeiros ainda trabalham na esperança de encontrar vítimas ainda vivas sob os escombros.
Fonte: Uol

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