Apesar de uma das maiores campanhas ecológicas de todos os tempos, tendo alcançado grande dimensão internacional e proporções avassaladoras na internet e grandes passeatas em todo o país, o #vetadilma não teve o resultado esperado. A Dilma não vetou todo o novo código florestal, pelo contrário, vetou apenas 12 pontos e sancionou 32 modificações causando descontentamento e temor entre os ativistas e também entre os ruralistas.
Segundo o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, das 32 modificações, 14 recuperam o texto do Senado Federal, cinco correspondem a dispositivos novos e 13 são ajustes ou alterações de conteúdo do projeto de lei.
- Ministros anunciam os pontos vetados no último dia 25 de maio.
Ativistas do Greenpeace se pronunciaram: “Esperávamos que a presidente vetasse tudo, porque os cortes que o governo fez não serão suficientes para garantir a proteção ao meio ambiente.”
Lembrando que há diversos aspectos ocultos em detalhes técnicos da lei que podem ser perigosos, como a definição das áreas de proteção de mata ciliar.
- O movimento “veta Dilma” ganhou apoio internacional e também das celebridades como da über model Gisele Bundchen.
Já o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, disse que “num primeiro momento” a entidade “avalia bem” as decisões da presidente Dilma Rousseff, porque o código não foi vetado totalmente: “Ficamos felizes que a presidente tenha resistido a provocação para que vetasse uma lei que já está há tantos anos em discussão no Parlamento.”
O ministro da agricultura Mendes Ribeiro afirmou que as alterações não afetarão a produção agrícola no país. O texto, aprovado pela Câmara no fim de abril, deixou de fora pontos que haviam sido negociados pelo governo durante a tramitação no Senado. Os vetos presidenciais podem ser derrubados pelo Congresso Nacional, desde que tenham o apoio da maioria absoluta das duas Casas – Senado e Câmara – em votação secreta.
A importância do veto é manter a salvo áreas de preservação e nossos lençóis freáticos.
